sexta-feira, 23 de abril de 2010

Um todo de nada

Deixo aqui uma parte de mim.
É a minha vontade de hoje.

O meu ser engloba muitas e diversas componentes que vou descobrindo a cada passo.
Sou feita de sonhos e de devaneios, de necessidades e de desejos, de optimismo e pessimismo unidos numa constante complementaridade.
Sou feita de loucas inocências e até faço birras quando a responsabilidade me chama, porque não me deixa ser a eterna criança que gostava de ser.
Depois olho-me no espelho e navego no tempo: se me projecto no futuro, sinto o meu corpo a encolher, reduzindo-se perante os mistérios que ele insere; se me revejo no passado, não me reconheço. Cresci.
Mas não posso travar o tempo e sei que ainda há muito para ver, sentir e viver.
E em breve vou-me despedir da adolescência. Uma fase doce, pura e complexa, apesar de tudo. Vou deixá-la com saudade para embarcar nos braços de uma outra.
Ah, mas o que importa é que caminhei e hei-de continuar a caminhar na busca de um nada, formando este todo que é meu ser. Fá-lo-ei com os que me são próximos, ou nem tanto, porque as vivências não prescindem dessa pressença, da companhia do outro. E com essa certeza, sigo...

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