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quarta-feira, 25 de abril de 2012

Canções de Intervenção

Em jeito do que se celebra neste dia, coloco aqui exemplos de canções portuguesas de intervenção que marcam a actualidade.

Boss AC - Sexta-feira

Deolinda - Parva Que Sou
Augusto Canário - E Vós Acreditais

Liberdade

É facto que a minha geração não tem nem pode ter a completa noção do preço da revolução, da sua importância e das mudanças que trouxe para o país. Nós não a vivemos.
Mas quais foram as consequências para os dias de hoje?
Será que foi para isto que ela ocorreu? Para estarmos como estamos hoje?
E será que umas boas dezenas, quiçá centenas ou milhares de pessoas, têm razão ao dizer que é necessário um novo 25 de Abril?
Deixo aqui estas questões, fruto do visionamento de um documentário de uma boa parte dos acontecimentos desse dia de Abril em 1974 e ter estado presente nos eventos que ocorreram na Avenida dos Aliados.
Viva aos corajosos intervenientes que conseguiram mudar o rumo do país e a qualidade de vida dos portugueses, sem que isso custasse a vida! Viva à Mudança! Viva à Liberdade!

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Que governo (des) governado!

Eis que os meios de comunicação anunciam mais outro dito desprovido de qualquer inteligência e empatia pelo povo português.
Enquanto que um vem dizer para emigrarmos (sim, isto é que é promover o emprego nacional e honrar a pátria) e outro diz que terá direito a uma pensão que não chegará para cobrir as despesas (dá que pensar que despesas serão essas, só se tiver de satisfazer necessidades básicas de um modo muito requintado, como, sabe-se lá, ter de comer caviar e lagosta para não passar fome), aparece um outro indivíduo que em plena assembleia da república, quando confrontado com as greves dos transportes, afirma com toda a pretensão e arrogância que não a sente.
Pois, coitado, não sente as reivindicações dos cidadãos que face a cortes nos salários e restantes formas de vencimento vêem o cinto a apertar cada vez mais, não sente as obrigações a que o povo está sujeito, vendo-se obrigados a pagar mais e mais em tudo, com taxas sobre taxas, não sente isso e muito mais porque é incapaz de sentir e porque não lhe toca a si.
Se esses cortes e aumento das despesas recaissem sobre ele, de certo que não diria tal barbaridade, mas com a sua vidinha confortável e desafogada, certamente com um salário gigantesco e um emprego onde só lhe é pedido para dizer umas palavras e pouco mais, e nem isso faz direito, apresenta-se com alma crua e sólida.
O país não precisa destes representantes. Para empinados e arrogantes, já bastam algumas pessoas que cruzam a nossa vida.
Precisamos de pessoas compreensivas, competentes, corajosas e verdadeiras, que cumpram com as suas promessas e levem este país a diante. Que promovam o emprego em território nacional, apoiando empresas de modo a aumentar exportações e fomentar a criação de postos de trabalho, em vez de nada fazer perante a queda e falência de milhares de fábricas ou, por exemplo, vendendo-as aos chineses, porque isso significa simplesmente que estamos a entregar os nossos bens ao estrangeiro. Precisamos de justiça, de igualdade e equidade, de um meio-termo entre os cortes e os aumentos, porque se não for de outro modo, os criminosos permanecerão à solta, o povo sentir-se-á injustiçado, a revolta continua e pode vir a agravar-se, e perder-se-á o poder de compra, sem qualquer capacidade de investir em negócios próprios ou até de sustentar as necessidades básicas.
Perante este cenário, resta dizer: pobres dos políticos que não conseguem viver com dezenas de milhares de euros... e propôr: um limite ao salário, impondo um patamar máximo. Assim não se veria disparidades tão grandes, como os idosos que recebem duzentos e pouco euros de reforma e senhores importantíssimos como o senhor Catroga, que recebe quarenta e cinco mil euros mensais. Há tanta coisa que podia ser feita, mas aqueles senhores não têm coragem de o fazer, não têm coragem de serem pessoas decentes e humildes, e até de dar o exemplo ao povo português, porque abdicar do conforto e do luxo seria um pedir de mais.
É certamente um governo (des) governado e nós é que temos que levar com ele...

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Manifesto da Indignação

Imagem retirada de A Convicção da Dúvida
Já não dá para apertar mais o cinto. A anorexia instalou-se e vivemos na fome de condições, onde nos consomem as reservas de dignidade.
De negro se pinta a pele, confundindo-se com a noite dos tempos onde o silêncio era imposto.
No entanto, desta vez as riquezas são escassas, ou se escasseiam porque alguém (ou alguns) as mantém em segredo, e a voz não se cala. Sim, a voz faz-se ouvir, porém há quem se faça de mouco e se recuse a aceitá-las.
É verdade que a situação podia ser pior, contudo, não podemos permanecer passivos enquanto a qualidade de vida entrou numa espiral decremental.
Por isso, uma vez mais, o povo se reune para entoar o cântico a que tem direito.
E uma só acção basta: lutar pelo que é nosso. Amanhã, numa das diversas manifestações que vão ser levadas a cabo nesse dia de greve geral.

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Situação actual

"Hoje é tão difícil educar como ser educado"
Lídia Noronha
Nesta geração rebelde da qual faço parte, nesta geração à rasca que encontra condições difíceis e um futuro incerto face aos 12,6% de desemprego, cortes no salário e subida nos combustívieis, produtos e impostos e taxas de tudo e mais alguma coisa, é cada vez mais árdua a tarefa da educação.
São as liberdades cedidas por tudo e por nada em camadas cada vez mais jovens, que começam a sair à noite já durante o ensino básico, frequentando locais que legalmente não poderiam frequentar, ingerindo bebidas alcoólicas que são impostas pelas regras sociais do "fica bem" ou "se tu não bebes não fazes parte do grupo, és foleiro, és um cortes", e começam cada vez mais cedo... Apanhando bebedeiras só porque sim, para ver como é, porque nem dão conta da sua resistência corporal ao alcool.
E esses interesses sociais, de manter um grupo de amigos e de andar com aquele (a) ou com o outro (a), que gera conflitos e situações que são trivialmente exagerados. Isso conduz muitas vezes a disputas entre os próprios colegas da mesma faixa etária, onde se reage violenta e despropocionalmente à questão e à sua idade.
Depois há a crescente falta de interesse de prosseguir estudos, de concluir projectos, de possuir algum tipo de educação e de adquirir ou de procurar algum emprego. Faltando às aulas, comportando-se indecentemente durante as mesmas e com os colegas e os professores.
Ah... "porque é uma seca estudar." e "ninguém gosta de estudar", mas é com isso que construimos o futuro e sem o fazer, se as hipóteses de o conseguir já são tão baixas, então tornam-se praticamente nulas. Com os pais a ameaçar os professores "Se não passa o meu filho que é tão bom menino eu chamo...", e tão bom menino é que nem lá põe os pés e vagueia como marginal, porque temos de aceitar que quem não frequenta o sistema de ensino mas está inscrito, é porque ocupa o seu tempo de alguma forma e maioria dos jovens que nem lá põe os pés ou se escapam, muitas vezes acabam por se tornar marginais socialmente.
Quem possui um nível de escolaridade mais elevado apresenta mais hipóteses de singrar, de se tornar útil socialmente e até tem menor risco de desenvolver determinadas doenças, talvez porque conhece os riscos de adoptar comportamentos de risco. Há estudos que o comprovam.
Também é facto que os próprios funcionários e professores notam uma diferença entre a geração mais nova e outra, poucos anos mais velha. Os miúdos tornaram-se insolentes, o "posso, quero e mando" está mais presente que nunca e se não obtiverem o que querem, as birras acontecem e as ameaças e injurias às pessoas a quem as dirigem vão-se tornando frequentes. E os paizinhos julgando que os seus filhos são uns anjos, quase idolatrando-os, raramente assumem que eles têm defeitos e então mimam-nos, agravando a situação, culpando os outros por tudo o que ele não conseguiu.
Ou então são tão ocupados ou amam tanto os seus filhos (ao contrário) que nem ligam a essas questões e abandonam-nos nas insituições, entregam-nos à sorte da vida e esperam que os outros que os criem. E poucas vezes arranjam forças de se tornarem indivíduos decentes, lutando por si próprios sem afecto dos que o deveriam ter por ele. Por vezes, encontram a amizade, a preocupação dos outros e sobrevivem.
Mas que sociedade é esta em que a geração emergente se abandona ao ócio, ao mimo e ao trabalho dos pais? Quedando-se pelos meios virtuais, pelos jogos, já quase nem sabendo se quer o que é um livro com folhas de papel. Criados num mundo de facilidades, onde se compra, se faz amigos, se namora e se casa pela internet?
E onde se esbanja dinheiro pela sede de consumismo? Ou se arranja forma de lucrar praticando a delinquência?
Que é dos valores do passado? Do respeito, do esforço, da responsabilidade...? Ficaram esquecidos pelo facebook ou foram os pais que se esqueceram de twittar sobre isso para a mensagem entrar na cabeça dos filhos?
Será que as vidas apressadas, dos empregos exaustivos que permitem ganhar o pão, não permite o tempo em família? Ou mesmo em casa cada um fica no seu canto?
Dizemos que somos uma geração à rasca, concordo em certo ponto com isso, porque até pelas notícias que os telejornais sempre teimam em acentuar conseguimos ver a grave situação em que está o país e que quem paga são os nossos pais e depois seremos nós, se é que já não o somos, com o governo sempre à margem, ilibado... Mas não nos podemos esquecer que uma parte de nós também contribuiu para isto. Com as fraudes, os enganos, os jogos, os golpes...
E ainda se acredita na nossa geração. Eu acredito que uma boa parte poderá trazer melhorias. Acredito que algumas pessoas que conheci e que conheço poderão contribuir para melhorar toda esta situação, pelo exemplo que dão, pelo trabalho e empenho que demonstram, pela ambição saudável que os leva a ter objectivos de vida e a lutar por eles.
No entanto, há aquela onda que se mantém na sombra desse pequeno mar de gotas que forçam a corrente a andar para a frente, enquanto aquelas a sugam para trás.
O problema reside na educação, no criar com amor, incutindo valores e crenças, e todas as ferramentas que levam ao crescimento e formação pessoal adequados. Muitas dessas ferramentas estão distorcidas, enferrujadas, e de tanta ferrugem que têm e de tão habituadas que as pessoas estão, ou pela mentalidade que não as permite ver isso, já nem se apercebem do que é errado. Por isso, para mudar toda essa linha de comportamentos, atitudes e mentalidades, é preciso, primeiro uma acção correcta dos pais, porque sim, cabe aos pais a educação dos filhos. As bases aprendem-se e estruturam-se em casa e as lições aprendem-se com os momentos, com a vida e para saber interpretá-las é preciso ter a consciência devidamente formada e os valores apreendidos e vincados. Sem valores não se vai a lado nenhum... a não ser à cadeia. E sem isso, quando os estragos já foram feitos e as atitudes grosseiras e insolentes já quase não têm remedio, quando os pais tentam reverter a situação e já quase não há volta a dar, ou se esses nem se deparam com a problemática que assola a personalidade dos seus rebentos e outros detectam o problema, muitas vezes os jovens recusam-se a serem reeducados, julgando ter tudo aprendido e sabido, não conhecendo os riscos que muitas vezes os seus comportamentos acarretam. Portanto, de facto, hoje em dia é tão difícil educar e também ser educado.

domingo, 24 de abril de 2011

Páscoa = Passagem

Apesar de já ter escrito no outro espaço, surge a vontade de deixar algumas palavras por aqui.

Nesta época, o culminar de todos os acontecimentos e momentos da vida de Cristo, é-nos revelada uma alternativa, o sacrifício do Senhor por nós, pela humanidade, para fim de remissão dos pecados e restauração da pureza daqueles que os cometeram.
E de que serviu?
Qual é a situação presente?
É quase ridicula a distância longínqua que se estabelece entre o que sucede actualmente e essa utopia que se procurava alcançar...
A Passagem desses tempos para o início do séc. XXI, dos romanos para os governos pseudo-democráticos, onde reina a desorganização, a corrupção e os interesses próprios. Tudo para isto... De certeza que se Jesus soubesse disto se calhar pensaria duas vezes antes de se entregar às mãos do Homem. Realmente soubemos agradecer-Lhe...

(Provavelmente se fosse nos dias de hoje, refugiava as suas mágoas nas amêndoas e ovos de chocolate)

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Revolução

A revolução de Jasmim floresceu, expandiu-se, qual flor que se sujeita à polinização e ao sabor do vento. Alastrou-se para o Egipto, a Siria, a Birmânia.
Outros tantos países assumem os contornos desse descontentamento, planeando acções semelhantes. No jornal estas palavras são repetidas, ouvidas e lidas vezes sem conta. Chegou a um ponto que o mundo se saturou e um pouco por toda a parte se tomam estas manifestações como exemplos.

Porque é que o povo português também não retira daqui as lições que deveria retirar e não se impõe perante os egoístas que governam esta nação? Mistério pouco difícil de desvendar. Como já dizia uma jovem bastante culta que seguia no mesmo transporte que eu, nós somos pacíficos, e isso tem as suas vantagens, sem dúvida, mas eles aumentam os impostos e nós nada, cortam no abono e nas majorações, sim porque os filhos deixam de ter doenças e as mães necessidades, e nós nada, retiram nos salários e nada... Vá que os professores ainda tomaram uma atitude, mas se fosse o país inteiro a mobilizar-se isso teria repercussões. Nem na greve geral no ano anterior houve uma grande adesão.
Isto porque eles cortam, eles ameaçam retirar umas dezenas se se faltar por um dia, vêm com estatísticas do desemprego a rondar os 11% (pouco falta para isso) e anunciam o quão difícil é arranjar emprego actualmente e o medo vem ao de cimo.
O povo torna-se refém dos ganaciosos, dos que enriquecem com isto tudo, porque ai Jesus se se cortar nos salários deles ou se se quiser diminuir no número de deputados. Vamos mas é impôr mais taxas, fazer com que se pague as scuts e obrigar os condutores a ter um estúpido aparelho onde o dinheiro tem um prazo de validade e se sume entre cá e lá.
Os lá de baixo que paguem mais pelos produtos básicos de uma alimentação equilibrada, sim, porque se quiserem recorrer ao serviço de saúde até gastam mais e isso é bom para nós, nós que cortamos nas despesas da saúde e colocamos atestados de 90 cêntimos a 50 euros. A nossa gente é rija, com toda aquela salitra do mar que navegou em tempos, por isso aguentam. E já agora também não precisam que 8 centros de saúde em Bragança estejam abertos no período da noite porque ninguém adoece a essas horas. Está tudo na caminha, obviamente.
E nós cá ficamos.
Os que jogam sujo, corrompem o sistema e ainda gozam com os demais, porque ficam com os subsidios e alapam as regiões traseiras nos belos dos sofás, conseguem fazer a sua vidinha. Mas quem trabalha e é honesto que se lixe...
Isto dá mesmo vontade de irromper por outras vias. Ainda por cima com o tempo que a justiça demora a actuar, se fossemos apanhados nessas acções ilegais, o crime prescreveria antes de ir a julgamento.
No entanto, alerto que isto não é um incentivo à ilegalidade, mas sim uma vontade maior deque algo cambie. Pois o nosso país é um lugar bom para se viver, face ao que sucede no restante mundo, e ninguém o nega , mas descobertas as facetas e os casos daqueles o "comandam" e daqueles que não são dignos de habitar por cá, o cenário perde os seus tons de arco-íris para se resumir a uma ou duas gamas de cor.

sexta-feira, 25 de janeiro de 2008

Direitos...

Tanto quanto sabem, existem os direitos do Homem. Mas estes nao são respeitados por todo o mundo. Por exemplo: os esquimós praticam o infanticidio; no medio oriente as mulheres têm menos direitos que os homens, etc.
Nao vos revolta saber que, apesar destes direitos existirem para serem respeitados e cumpridos universalmente, nao o são?
E as pessoas que sofrem com isso terão culpa do que lhes acontece?
Não.
Eu pelo menos acho que não, pois o campo político é que intervêm principalmente nisso. Logo, os culpados serão os governantes, os dirigentes, que nao se opõem ao que acontece, aos direitos que sao tirados a milhões de pessos, simplesmente ignoram.
Triste. Muito triste.
Revoltante? Sim, muito revoltante.
Se ao menos se pudesse fazer algo quanto a isso...

Peço desculpa por não ter escrito nestes dias, mas têm sido dias duros, muito duros e não tenho tido vontade e condição psicológica para escrever.