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quinta-feira, 14 de fevereiro de 2013

Divagações


Há quem acredite no amor à primeira vista.

Todos os sonhos concretizados, os desejos pensados e o sentimento de todas as batidas do coração, condensados num só instante, no rasgo de um olhar, num encontrar de almas.

Há quem acredite que um só segundo basta para saber.

Outros preferem esperar pelo evoluir de uma relação construída passo a passo, até que o sentir se revele, com o tempo, num toque inesperado, num reavivar de um coração cansado, no iluminar dos dias, sem o saber.

Há também quem prefira acreditar que sentimento tal puro e tão intenso não é possível de alcançar e alguns preferem pensar que não existe.

Por vezes é preferível aceitar a sua impossibilidade que sofrer as consequências ao buscá-lo, ao procurá-lo. E quem se vê privado de tal perturbação do espírito, que o aquece e o move, ao fechar-se ao mundo, poderá nunca sentir a sua agitação nem perceber qual a sua essência e a sua importância.

Não há vida sem amor.

O amor faz mover a vida.

Independentemente das formas em que se molda e em que se revela.

Que seria do ser humano sem um amigo? A família? Um parceiro ou parceira para a vida?

quarta-feira, 13 de fevereiro de 2013

Nestes e noutros tempos...

"with every beat of my heart/ love speaks in silence"
Música: "All that I'm asking for" dos Lifehouse

sexta-feira, 3 de agosto de 2012

Muro dos Amores


Há tantas Marias e Maneis na nossa vida.
Aquelas pessoas que por pequenos ou grandes gestos dão outra cor aos nossos dias, aquelas que guardamos connosco no coração.
E embora não tenha deixado a minha marca no "muro", sei o que escreveria: algo expressando gratidão por ter na minha vida a minha família.
Também gostaria de deixar a sua marca?
 É só ir até à estação de metro do Bolhão, no Porto, de caneta em punho e imaginação em alta e aí haverá essa oportunidade.

quinta-feira, 12 de abril de 2012

"Só de mim" de Diffuse


Só de mim from Diffuse on Vimeo.

"A Diffuse gosta de estar presente em várias alturas do ano, e desta vez, chegou ao Dia de São Valentim, com algo que consideramos diferente.
O "Só de mim", conta a história de alguém que já teve tudo, e que só se apercebeu disso depois de perder. Uma história improvável para um dia feliz, contada com a linda cidade de Lisboa como pano de fundo.
Tudo começou com inspiração no video "The Emotive" de Christopher Wong (chriskingwong.tumblr.com) e Kevin Guiang. A química foi alucinante, e surgiu a ideia de fazer algo do género em Português (porque tudo soa bem em inglês, mas não nos podemos esquecer do poder que tem a nossa lingua!), com tempo (coisa que o primeiro autor infelizmente não teve), e com uma excelente qualidade de imagem (algo que o original também não trabalhou). Fica o link do original, para que possam apreciar, a verdadeira obra de arte, e a esperança de que o nosso possa também inspirar mais alguém, a fazer algo único, e quem sabe, ainda noutra lingua! (http://vimeo.com/33047192)

Escrever num papel é diferente de escrever num vídeo.
No início, o nosso texto era bem mais extenso, mas a edição e o tempo obrigaram-nos a cortar algum material.
Ficam com o guião completo mais abaixo, e esperamos que tenham um dia dos Namorados muito especial.

Diffuse team.

*Só de mim*

Tu não sabes quem eu sou, mas eu sei quem tu és… e só preciso de um minuto da tua atenção.

Quero dizer-te que espero que saibas a sorte que tens. O quanto eu gostaria de estar na tua pele. Poder estar na mesma cama que ela todas as manhãs. Ajudá-la a acordar da má disposição matinal.

Espero que saibas que ela só vai falar contigo depois de lavar os dentes. Não é por mal… é por medo de perder o encanto aos teus olhos. Que a consideres um ser humano comum.

Espero que saibas que ela gosta de aproveitar cada raio de sol, e que o café a deixa mal disposta.

Que escolhe a roupa que vai vestir na noite anterior, só para poder ter mais cinco minutos de sono pela manhã. Que o despertador toca cinquenta vezes até que se levante, e que mesmo assim, consegue chegar a horas.

Quero também que saibas que adora histórias do fantástico. Mas não de terror! Que é capaz de saber o nome de todas as personagens de um livro antigo, mas que não se vai esforçar para decorar à primeira os nomes de todos os teus amigos…

Porque ela… ela é que sabe de si.

Tu nunca serás uma sorte para ela. Sorte é poderes tê-la na tua vida.

Sabes?

Ela não é romântica por natureza, mas uma demonstração espontânea da tua parte vai fazê-la fraquejar. Porque ela é segura e doce ao mesmo tempo.

Ela não sabe cozinhar, mas vai esforçar-se para fazer o teu prato preferido. E se estiver mau, vai rir-se do falhanço, em vez de corar.

E quando ela ri… eu tenho vontade de chorar. Não de tristeza, mas porque cada gargalhada é uma nota musical que toca ao coração e faz querer dançar.

Espero que pares de fazer o que gostas e que por vezes tenhas tempo para ouvir sobre o seu dia e sobre cada pequena conquista. Que atures os seus devaneios artísticos e o tempo que perde a colorir livros infantis quando quer ter tempo para si.

Quero que saibas que eu gostava de estar desse lado, a aturar o seu mau humor e a vê-lo mudar depois do primeiro copo de vinho.

Queria poder apreciar as suas unhas que estão mais tempo de verniz estalado que de verniz perfeito… mas que cada forma de vermelho tem uma história que ela construiu com as próprias mãos.

Gostava de me ter apaixonado por ela no primeiro dia que a vi, e não no segundo. Porque cada dia com ela é a certeza de que somos amados. Porque ela é sedução e alegria num só. Porque consegue o que quer com o poder do sorriso e a força do olhar. Seria um tolo se não soubesse que tem olhos castanhos e que adora a cor verde.

Quero que saibas que ela é tudo o que quero e nunca soube que tive.

Aprende que a arritmia que sentes com ela é normal! E que a falta dela é um vazio igual à morte.

Espero que sejas tudo o que eu nunca fui.

Espero que a trates bem.

Porque se lhe partires o coração vais perdê-la para sempre.

Pudesse eu ter lido o futuro...

Créditos Finais:

Actor: Diogo Lopes
Escrito por: Ana Luisa Bairos, Joana Pacheco
Texto revisto por: Margarida Vaqueiro Lopes
Operadores de câmara: Ana Luisa Bairos, Duarte Domingos
Pós-produção vídeo: Ana Luisa Bairos
Pós-produção áudio: Alexandre Pereira
Música original: Alexandre Pereira
Realização: Ana Luisa Bairos
Agradecimentos especiais: Eva Barros, Isa Pinheiro

Uma produção: Diffuse (www.diffuse-studios.com)

"

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A walk to remember trailer



"A walk to remember", um filme baseado num livro de Nicholas Sparks, despertou em mim sentimentos e perspectivas que esquecera ou nunca reconhecera, carregando em si diversas lições de vida que poderão ser aproveitadas ao longo deste caminho. Por tudo isso, o considerei como sendo o meu preferido.
Este filme retrata a história de dois adolescentes aparentemente muito diferentes um do outro, que encontram algo que os une: o amor.
Uma belíssima história de amor que é absolutamente recomendada.

segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

Um pensamento

"Se a felicidade for uma Eternidade;
Se a tristeza for mera passagem;
Se a amizade for sincera e de Verdade;
Se a vida for um Dar acima de receber;
Então descobriremos que foi em cada uma desses
momentos que nosso coração bateu mais forte,
e que agimos pura e simplesmente como seres Humanos!"
Vera Costa

sexta-feira, 10 de fevereiro de 2012

Thoughts to my journey (II) - Falemos de sentimentos

"Todo o nosso conhecimento se inicia com sentimentos"
Leonardo Da vinci
-
"Não tenha medo do sofrimento,
pois nenhum coração jamais sofreu quando foi em busca dos seus sonhos."
Paulo Coelho
-
"Sabemos dizer o que sabemos sentir."
Miguel Cervantes
-
Nesta época que se aproxima o dia de São Valentim, são comuns as conversas sobre sentimentos e emoções, nomeadamente acerca do amor. Dependendo da história do locutor, esse se expressará com maior ou menor vivacidade e entusiasmo, com maior ou menor dor ou amargura. Sim, porque o amor tem os seus companheiros, tanto do lado bom como do mau.
E todos tivemos e teremos a nossa quota parte destes diálogos, embora, por vezes, não fossemos verdadeiros connosco mesmos, nem com o nosso coração ou com a pessoa que está perante nós.
De facto, nalgumas ocasiões custa ouvir o que o nosso próprio coração tem para nos comunicar, talvez porque rejeitemos os próprios sentimentos ou porque não sabemos como lidar com eles ou os expressar. Noutras situações, a dúvida coloca-se no que divulgar ao outro, na sua reacção perante o que é dito ou se o mesmo está disposto a escutar o que cresceu e se desenvolveu no mais intímo recanto da nossa alma.
São muitas as interrogações que se colocam, à primeira palpitação, nervosismo, incoerência de discurso, etc.. Porém, basta umas pequenas trocas de impressões com o coração para perceber o que se passa no nosso interior, para entendermos se as nossas reacções foram de uma só vez ou se se prolongam no tempo. Caso seja uma emoção desconhecida, será necessário mais tempo para perceber como nos faz sentir e qual a disposição e humor em que nos deixa, e ao usar a razão, conseguimos adaptar os nossos comportamentos e modelar atitudes.
No momento em que reconhecemos o que sentimos, nesse instante em que o conseguimos dizer e o sabemos sentir, a intuição impelir-nos-á para a sua tradução prática. É certo que muitas vezes não há um processo racional intenso envolvido, daí que algumas acções que executemos possam ser caracterizadas como ridículas, mas que importa? O propósito tende para o bem, para a confissão de apreço por outra pessoa, e mesmo que o desfecho não seja o esperado ou o que é mais ansiado, guardamos connosco as lições que esses momentos trazem.
São processos naturais da vida, que merecem ser reconhecidos, trabalhados e aceites. Por isso, da próxima vez que o coração palpitar, ser-lhe-á dada a devida atenção, porque ele, mais do que tudo o resto, sabe antes de nós mesmos sabermos, o que se passa no nosso intímo. E se dado sentimento surgir, não vai ser rejeitado, apenas compreendido.
Se for caso disso, também será realizada uma qualquer acção ou até será comunicado o que carregamos àquele em quem é depositada confiança, seja um amigo ou o sujeito amado, porque há tanto a ganhar com isso, talvez mais do que imaginemos, e eles reagirão da maneira que tiverem de reagir.
Se houver a sorte de ser correspondido, resta celebrar e vivenciar em conjunto a união de dois indivíduos num só sentir e acreditar no potencial da relação.
Se não for, podemos estar seguros e orgulhosos que demos o passo em frente, executando o nosso acto de coragem, e não permanece mais a dúvida "E se...". Com a força que carregamos em nós, apanharemos o metafórico coração despedaçado ou apenas fissurado, e com esperança e optimismo, de saber que a vida traz consigo boas surpresas quando menos esperamos, colaremos as suas partes e seguiremos em frente, conscientes do que se passou e da mudança que isso provocou no nosso ser, enriquecendo a história que construímos, ao mesmo tempo que acrescentou alguma sabedoria, a qual se vai acumulando na diversidade e intensidade de acontecimentos vividos.
Concluindo, o ser humano é um ser emocional na sua essência, pelo que não é erro ou até improprio sentir, porque é algo natural e intrísenco a nosso ser, conquanto, em certas circunstâncias, os motivos que levem a isso ou os contextos o possam tornar eticamente reprovável ou legalmente condenável. E ao ser emocional, ao aceitar as emoções e sentimentos que nos percorrem, vamos estabelecendo ligações com os demais, porque são esses sentimentos que em primeira instância nos motivam a procurar companhia, a criar amizades, porque também somos seres sociais, seres que se constrõem com os outros, no seio da interacção. Ao nos impelir a interagir e a criar ligações, os sentimentos trazem em si um potencial enorme e cabe a nós a missão de os retirar das cordas da alma e de os partilhar, realizando e concretizando a sua potencialidade, caso contrário ficam apenas pendurados nas cordas da nossa alma, esvoaçando ao sabor do medo, inquietando e desgastando o espírito.
Assim seguir-se-ão mais conversas sobre o tema e proliferarão os mundos cor-de-rosa, ou melhor, arco-íris, porque depende dos gostos de cada um para decidir qual a cor do seu próprio mundo tocado pelo amor e pela amizade. Mundos esses que merecem e devem ser saboreados, quer tenham desfechos doces ou amargos.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pensamentos...

E se tudo correr bem...
Se o sorriso e as gargalhadas tiverem voltado,
Se as amizades forem presença constante e qualidade inigualável,
Se o desgosto tiver sido superado,
E nos outros campos singrar?
Se houver tudo isso e mais,
Mas continuar a haver algo que falte,
Que se ausentou?
Ou uma vontade mais forte que custa pôr-se em prática?
Porque é que esses aspectos teimam em vir ao de cimo, quando o que há de bom existe em maior quantidade?
Será a eterna insatisfação humana ou a inquietação de um espírito desolado?
Porque é que não é assim tão fácil ser-se feliz ou manter-se num estado de felicidade...?
Quando bastava um "don't worry, be happy" que prevalecesse...
E lá haveria o final feliz.
Malditos momentos de quietude... Só dão nisto...

quinta-feira, 30 de dezembro de 2010

Festa das Palavras

Era a festa das palavras.

As páginas estavam enfeitadas com acentos e pontos e a música soprava lá no alto, tornando o ambiente acolhedor.

As letras, animadas, sussurravam entre si, rodopiando de canto a canto enquanto gozavam a sua própria vida e liberdade. Faziam-no em grupos: o das flores, que trataram da decoração do espaço, o dos elementos, que convidaram todos os que faziam parte do céu, da terra, da água e/ou do fogo para a festa, o dos palavrões, que eram os mais rudes e arruaceiros de lá, os festivos, que trataram da organização, e muitos mais…

Aos poucos e poucos os grupos fundiram-se e as letras misturaram-se no meio desse tumulto, pois estava próximo o momento por que esperavam: o momento da grande dança.

O Microfone deu as ordens e começaram-se a formar os pares. A Paixão aproximou-se do Amor, o Insecto convidou a Flor, o Ódio esqueceu o que sentia e raivosamente tomou para si o Egoísmo que teimava em gesticular sozinho, a Vela com a Luz e o Animal com a Natureza. Todos pareciam ter par que os completava. Ao ver que estava tudo pronto, o Microfone pediu ao Ritmo para criar uma melodia e titim-titim-titim, apareceu ela espontaneamente.

Que belo espectáculo que tomou lugar!

Mas nas bancadas ficou uma palavra, que olhava intensamente para o cenário que o envolvia. Admirava-o e lamentava-se.

O grupo dos Palavrões arrancou-a de lá, os Defeitos encheram-na de ideias diabólicas e o Diabo, ouvindo algo que lhe dizia respeito, ainda interveio no meio, sabe-se lá vindo de onde. Então essa palavra agarra na bebida e devora-a, pega na comida e suga-a, afasta a diversão e aos encontrões, murros e pontapés, incitado pela Violência, desfaz as duplas e suja, estraga, destrói, constrói… Até as palavras que lhe eram próximas, como a Razão, a Consciência e o Sentimento consegue afastar.

A festa pára, o Microfone desespera… Porque é que uma coisa tão magnífica tinha de ser arruinada daquele modo?

O Homem pára também. A Altivez e o Poder dizem-lhe para festejar o que conseguiu. A Arrogância e o Egoísmo juntam-se ao clube para reforçar a ideia. Ele quer fazer isso, quer sentir-se o rei, quer as atenções todas voltadas para ele, desprezando os seus companheiros. E por momentos a Superficialidade colocou-o no topo.

Do cume vê a Fonte a confortar as filhas Lágrimas, o rasto de negrume que deixou, a beleza que desapareceu por um devaneio seu. A Clemência de joelhos pedindo, bem, misericórdia, o Medo dividido e a Confusão confusa. Todas elas chorando, destroçadas, rasgadas, violentadas por uma barbaridade. Até o Trauma ficou traumatizado quando viu a rosa vestida somente de espinhos, enquanto a seiva das suas pétalas vermelhas jorrava para o chão. Ninguém pensava ter de enfrentar este cenário, se bem que era do conhecimento de todos que o Futuro tinha casado com a Imprevisibilidade.

- O que é que eu fiz?...

(continua...)

(continuação...)

O seu coração bate, a emoção desponta. Os amigos próximos, com receio, acercam-se a ele, devagar.

- Assim que vieste, assim que te deixaste corromper pelos males do mundo… - Começa a Razão.

- … tornaste-te nalguém cruel, num ser que nem sequer reconhecíamos. Mas que habita dentro de ti. – Segue a Consciência.

E ambas completam as ideias uma da outra produzindo um discurso coerente…

- És capaz dos gestos mais bondosos, das acções mais sentidas, de usufruir do melhor que a tua existência te proporciona. Claro que nem tudo é perfeito, mas a natureza dá-te vida, a alma torna-te apto para puderes ser quem quiseres ser e Deus deu-te o livre-arbítrio para escolheres o teu próprio destino. Porquê desperdiçar esses dons em rancores, vinganças e actos violentos sem sentido? Porque destróis o planeta em que habitas, fazes guerras onde inocentes morrem, porque arruínas a vida de milhares de pessoas com atrocidades? Isso faz-te feliz? Não pode fazer. Pois a felicidade não advém disso… Apenas o prazer, o prazer egoísta que se enche com a sede de poder, do dinheiro, da autodestruição.

Não é esse o caminho. E sabemos que tu és melhor do que isso porque já o mostraste ser.

- Não! Sem maldade não há o bem, sem tudo o que apontaste de negativo não pode existir o retorno da moeda, a bonança após a tempestade. Que seria da lição se não tivesse sido antecedida pelo erro? Não haveria aprendizagem, não haveria a sabedoria que provém da experiência. – Remata o Argumento que depressa recebe cotoveladas dos que o circundam.

- Estás certo…. – Desanima a Razão.

- Toma! O Mal vence! – Regozija o grupo dos palavrões e os outros. – Na na na na na! – E mostram a língua, desafiadores.

- Quem me chamou? – Rompendo a multidão surge a palavra enunciada anteriormente. O Bem vê-o e desafia-o para um braço de ferro eterno. A Luta perdura nesse preciso ponto.

Depressa se criam duas frentes, deixando um fosso no meio da sala.

O Homem desce do topo e coloca-se ao nível de todos os presentes. Vai ter com o Microfone e pára no centro.

- Não sou perfeito. Há defeitos que me consomem, que me fazem ser quem não devia ser, mas que a minha vontade por vezes aceita. Não sou perfeito. Não actuo como máquina, não sou rigidamente objectivo e não sei ver o mundo a duas cores porque os meus olhos me mostram jardins de arco-íris. Mas não queria fazer isto… Peço desculpa.

As palavras movimentam-se em conjunto. Estendem os seus braços e dão um abraço colectivo ao Homem. E a festa retoma ao que era no início, com a alegria a contagiar bons e maus.

- Olha que ser humilde é uma grande qualidade que tu provaste possuir... – diz o Sentimento, comovido.

- Obrigado!

E assim o Homem consegue fazer par não com uma só palavra, mas com um rol delas, as quais se dividem em aspectos positivos e negativos que fazem do indivíduo alguém único. Ele difere de muitas delas, aproxima-se de outras, mas é naquela festa que encontra o seu lugar.

terça-feira, 30 de novembro de 2010

Equilíbrio

"Equilíbrio é não aceitar que nos amem menos
do que aquilo que nos amamos."
Retirado/baseado no filme "Comer, Orar e Amar."

sábado, 10 de janeiro de 2009

Tristeza

Cá me esperas.
Vens e conquistas o meu ser nos momentos mais fracos, mas pois, que com a contribuição dos demais e de outras vontades corajosas, o teu lugar é destronado pela alegria, mesmo que esta seja momentânea.
Quando te instalas, convidas o desânimo, o desespero e controlas a minha mente, para que esta se dirija apenas às partes negativas das minhas vivências. Cresces à medida que me rendo e tornas-te quase invencível. Persistes e persistes e não me deixas em paz. Sei que fazes o mesmo com outros e não acho isso, de todo, correcto.
Nos teus momentos de grandeza fazes-me perder o que de bom há à minha volta. Tapas os meus olhos para não ver ou então reduzes a minha visão, para que os pequenos aspectos da vida passem despercebidos e não lhes possa incutir a importância devida.
Comandas-me, vences-me, tornas mais insignificante o meu ser, e ele fica desprovido das suas qualidades e da sua relevância.
Não vives para sempre não. Eu arranjo sempre forma de te eliminar, ou devido às minhas vissitudes e convivências tu acabas por desaparecer.
Minha cara tristeza, hoje não me vences. Hoje já experimentaste o teu poder sobre mim, mas não te deixei subsistir por muito tempo. Talvez venhas amanhã ou depois, como já vieste no passado, mas a alegria vencer-te-á sempre, sempre que esta se fizer sentir tu serás destronada. Pois sabes, tenho verdadeiros anjos na minha vida e contra eles nada podes (tento afastar-te deles o melhor que posso), contra a felicidade que eles me apresentam não há força tua que persista. Hoje não me venceste e no amanhã, desde que hajam condições para tal, uma vez que tu és necessária por vezes, mas somente, por poucas e minimas vezes, também não me vencerás.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2008

Esperança

Graças aos que nos acompanham e que significam tanto para nós,
a esperança reaparece em nosso ser,
e voltamos a acreditar.
Voltamos a viver com mais gosto e mais sentido.
Voltamos a ter objectivos a cumprir e metas a atingir.
Através de
Um olhar...
Uma palavra...
Um toque...
Um sentimento.
A todos esses que desempenham um papel tão importante nas nossas vidas
expresso aqui a minha gratidão: obrigada!

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

Harmonia

Harmonia existe no coração da terra, mas existe pouco no coração dos homens. E não é remexendo nos recursos que a terra tem para nos oferecer que a conseguiremos.

sábado, 5 de julho de 2008

O Segredo da Felicidade

"Certo mercador enviou o filho para aprender o Segredo da Felicidade com o mais sábio de todos os homens. O rapaz andou durante quarenta dias pelo deserto, até chegar a um belo castelo, no alto de uma montanha. Lá vivia o Sábio que o rapaz procurava. Ao invés de encontrar um homem santo, porém, o nosso herói entrou numa sala e viu uma actividade imensa; (...) O Sábio conversava com todos, e o rapaz teve que esperar duas horas até chegar a sua vez de ser atendido. O Sábio escutou atentamente o motivo da visita do rapaz, mas disse-lhe que naquele momento não tinha tempo para lhe revelar o Segredo da Felicidade. Sugeriu que o rapaz desse um passeio pelo seu palácio, e voltasse daí a duas horas.
- Entretanto, quero pedir-te um favor - completou o Sábio, entregando ao rapaz uma colher de chá, onde deitou duas gotas de óleo. - Enquanto estiveres a caminhar, segura esta colher na mão sem seixares que o óleo seja derramado. O rapaz começou a subir e a descer as escadarias do palácio, mantendo sempre os olhos fixos na colher. Ao fim de duas horas, voltou à presenla do Sábio.
- Então - perguntou o Sábio - viste as tapeçarias da Pérsia que estão na minha sala de jantar? Viste o jardim que o Mestre dos Jardineiros levou dez anos a criar? Reaparaste nos belos pergaminhos da minha biblioteca? O rapaz, envergonhado, confessou que não tinha visto nada. A sua única preocupação fora a de não derramar as gotas de óleo que o Sábio lhe tinha confiado.
- Pois então volta e conhece as maravilhas do meu mundo - disse o Sábio. - Não podes confiar num homem se não conheceres a sua casa. Já mais tranquilo, o rapaz pegou na colher e voltou a passear pelo palácio, desta vez reparando em todas as obras de arte que pendiam do tecto e das paredes. Viu os jardins, as montanhas ao redor, a delicadeza das flores, o requinte com que cada obra de arte estava colocada no seu lugar. De volta à presença do Sábio relatou pormenorizadamente tudo o que tinha visto.
- Mas onde estão as duas gotas de óleo que te confiei? - perguntou o Sábio. Olhando para a colher, o rapaz percebeu que as tinha derramado.
- Pois este é o único conselho que tenho para te dar - disse o mais Sábio dos Sábios. - O Segredo da Felicidade está em olhar todas as maravilhas do mundo, e nunca esquecer as duas gotas de óleo na colher."

Retirado de "O Alquimista" de Paulo Coelho.

sábado, 21 de junho de 2008

Não tenhas medo...

Não tenhas medo...

Não tenhas medo de ver o mundo
apenas porque contém crueldades,
pois também é composto por belas coisas e essas merecem ser vistas.

Não tenhas medo de seres tu
só porque há pessoas que não apreciam isso,
pois o mais importante é não mentirmos sobre quem somos, o importante é a nossa essência.

Não tenhas medo de afirmares as tuas crenças
pois os outros podem não ter as mesmas,
mas há que aprender a respeitar e aceitar os valores e crenças de cada um.

Não tenhas medo de amares
com receio de vires a sofrer,
pois vale a pena tentar, do que desistir sem ter tentado. Temos que nos abrir ao amor.

Não deixes que o receio te impeça de fazeres o que mais gostas, de fazeres coisas que são moralmente válidas, de sorrires, de cantares, de saires vitorioso/a de um desafio, etc.

Não deixes que o medo te impeça de viveres e não tenhas medo de viver, pois temos esta oportunidade que só nos é dada apenas uma vez.

Que sejemos mais forte que os medos!