segunda-feira, 24 de agosto de 2009

Onde está a razão no meio disto?

Um dia destes que por aqui passam, dei por mim a pensar no comportamento dos seres vivos.
Os potros, pouco após de nascer, erguem-se e conseguem caminhar quase de imediato.
As tartaruguinhas eclodem dos ovos onde estiveram encerradas e andam em direcção ao mar, onde posteriormente seguirão o rumo da sua vida.
As aves, embora mais frágeis, permanecem nos ninhos depenadas, mas comunicam perfeitamente com os seus progenitores, que através dos seus pios, sabem o que os seus rebentos querem.
Nós, os humanos e seres dotados de razão e inteligência, quando vimos para este mundo, comunicamos através do choro, frequentemente incompreensível para os que cuidam de nós, não caminhamos nem gatinhamos, só mais de meia dúzia de meses é que alcançamos esses feitos, e não erguemos o rosto com a vontade de enfrentar o futuro, pois como pequenas formas de vida que somos, não temos a noção do que enfrentamos.
Concluíndo, não deveria a razão e inteligência dotar-nos de mais capacidades à nascença? Ou será essa uma espécie de equilibrio ou contrapartida, para que nos assemelhemos às restantes espécies?
É apenas um mero pensamento.

9 comentários:

mímica disse...

Eu por acaso sei a resposta para essa tua pergunta, pois dei isso em Psicologia.
Ora, quando o ser humano nasce, ele é um ser inacabado, o seu cérebro é moldável, tendo assim, um sistema aberto.
Contudo, os outros animais nascem com um sistema fechado ou quase fechado, ou seja programado. Tudo o que eles fazem é inerente à sua espécie.
Se não fosse a plasticidade do nosso cérebro, os seres humanos não seriam únicos, seríamos praticamente iguais uns aos outros.
Não aprenderíamos coisas novas, não teríamos a nossa própria mente que se constrói com as interpretações que fazemos das coisas por que passamos.
E isso só é possível tendo um sistema aberto, que nos permite moldarmo-nos a nós próprios e aprendermos coisas novas, sermos seres únicos e diferentes dos demais. E essa aprendizagem faz-se desde o dia que a gente nasce até ao dia em que a gente morre.
Espero ter-te feito entender. Mas se estiveres interessada no assunto podes pesquisar nos livros do 12º ano de Psicologia ou mesmo na internet.

Danilo disse...

Comunicamos muito mais pelo sentimento que pela razão.. infelizmente

Maria Clarinda disse...

Pois...também eu me interrogo muitas vezes sobre isso...e concordo com a mímica...somos seres inacabados bque temos que ir levando a evolução e aprendizagem...não fazendo as coisas por instinto...sempre igual!
Jinhos muitos

Rosélia disse...

Ora, se colocares um recém-nascido numa piscina, ele nada perfeitamente. O mesmo se passa quando ele tem fome e sabe muito bem como procurar o peito da mãe e retirar-lhe o leite.


O instinto da sobrevivência é espectacular ='D

Thiago disse...

Muitas vezes pensei na mesma questão...acredito que vivemos um pouco enganados, presumindo da nossa inteligência...que até hoje so serviu para destruir civilizações e o nosso planeta...um beijinho e obrigado pelas tuas palavras no meu eu

Sofia M. disse...

Interessante...
Mas parece-me que a mímica já se dignou a explicar tudo! :P

Muito se aprende por cá! :)




Ps: Voltarei.

ph disse...

todas as especies sao diferentes. os potros, duram um tempo mais limitado que os homens, por isso é normal que 1 mes deles, equivalem a uns 3 anos nossos.

Sofia M. disse...

Boas! :)

Agradeço a visita :) és sempre bem vinda...

Quanto a ti, continuo à espera de novos posts! :)

Bjos...

P.S.:Aconselho vivamente o filme!

Ana Nogueira disse...

Obrigada por me teres posto como seguidora.

Já perdi bastante tempo neste teu blog.
E diga-se já que tens mesmo muito jeito.
Um futuro na escrita sem dúvida.
Beijinho