terça-feira, 29 de abril de 2008

Futuro

Lá longe vejo o Futuro. Ele chama por mim, ele grita por mim. Olho para ele, e deixo-me levar. Conduz-me por entre ruas e ruelas, caminhos e vielas, e por fim, chegamos ao destino. Estou aterrorizada com o que me rodeia. Aterrorizada com a magneficiência das paisagens que me rodeiam, porque uma parte do mundo é pintada assim. Aterrorizada com o nojo, a escuridão que não se deixa atravessar pela luz. Infelizmente, a maior parte do mundo é desenhada assim. Pergunto-lhe: - Nada mudou? Que aconteceu entretanto?, ao que ele me responde: - Não. As guerras continuam e continuam cada vez mais violentas. Cada vez morrem mais crianças, mulheres e homens, de fome e sede. Cada vez há mais instabilidade a nível politico e económico. Os países voltaram aos tempos medievais e lutam por conquistar territórios. Cada vez a atmosfera do planeta acumula mais gases e assistimos às consequências do aquecimento global. Solto um suspiro de desânimo, como que a demonstrar a minha reacção ao que acabei de escutar. Nada mudou. Nada. De repente, vejo uma pomba branca. Esta poisa sobre ramos de um velho carvalho. As crianças e até mesmo os adultos, param. Olham para a pomba.
- É uma ave rara destes tempos, diz-me o Futuro. Rara. Eu que via tantas pombas, agora é uma e espécie rara. Mas, ainda mais raro é o que observo a seguir. Adultos e crianças dão as mãos e formam um circulo à volta do carvalho. Entoa-se no céu o cântico da paz, em homenagem àquele simbolo tão único. Volto para o presente. Ao que chegamos. Será que ainda somos capazes de remediar alguma coisa? Talvez sim, talvez não, cada um possui a resposta para esta pergunta.

sexta-feira, 25 de abril de 2008

Liberdade

Ontem apenas fomos a voz sufocada
dum povo a dizer não quero;
fomos os bobos-do-rei
mastigando desespero.
-----------
Ontem apenas
fomos um povo a chorar
na sarjeta dos que, à força,
ultrajaram e venderam
esta terra, hoje nossa.
-----------
Uma gaivota voava, voava, asas de vento, coração de mar.
Como ela, somos livres, somos livres de voar.
-----------
Uma papoila crescia, crescia, grito vermelho num campo qualquer.
Como ela somos livres, somos livres de crescer.
-----------
Uma criança dizia, dizia"quando for grande não vou combater".
Como ela, somos livres,somos livres de dizer.
-----------
Somos um povo que cerra fileiras,
parte à conquistado pão e da paz.
Somos livres, somos livres,não voltaremos atrás.

"Uma gaivota" de Ermelinda duarte.

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Dia Mundial do Livro

Quem já nao se deliciou ao ler um livro? Quem se reconheceu numa bela história ou desejou que aquela mesma que estava a ler, fosse a história da sua vida? Quem ja nao se refugiu num livro para poder abstrair-se do mundo? E quem já não sonhou e aprendeu com um conto, com um pedaço reconfortante de um texto?
É verdade, hoje é dia Mundial do Livro e há que referir a importância que eles têm no nosso dia-a-dia. Dão-nos suporte para os nossos estudos, fazem-nos sonhar, fazem-nos sentir bem e até desejar por ler mais, entre muitas outras tarefas. Há que referir e perceber o seu papel e é por isso que escrevo este texto neste dia dedicado especialmente a ele, a eles, aos nossos amigos livros.

sexta-feira, 18 de abril de 2008

Filosofias de Kant II


"Trata os outros como um fim em si mesmo e não como um meio".
Imagem retirada de: http://www.dreamsneverfall.blogspot.com/ (devo dizer, um óptimo e belo blogue de uma boa amiga)

terça-feira, 15 de abril de 2008

A vida te espera

A vida te espera
Há tanto por descobrir
A vida que queres
Só tu podes construir

Eu sei parece que já não dá
Passei por coisas assim também
Vais ver há razões para viver
Vais ver

Não crês que ninguém te vai compreender
Não vês que agora não estás só
Já tens amigos que te querem bem
Vais ter sempre alguém

A vida te espera
Há tanto por descobrir
A vida que queres
Só tu podes construir
A vida te espera
Está mesmo á frente
E é p'ra ti

Vejo a dor no teu olhar
Penso no teus momentos a sós
Sentes que nada vai melhorar mas hás-de ver
O tempo vai tudo curar
Tento fazer-te entender
Tenho problemas tal como tu, mas eu aprendi

A vida te espera
Há tanto por descobrir
A vida que queres
Só tu podes construir
A vida te espera
Está mesmo á frente
E é p'ra ti

Temos todos algo a esconder
Temos todos algo a esquecer
Ou alguém para temer
Ou talvez perdoar
Memórias e histórias para nunca contar
Mas há mais para viver
Há muito mais para viver
E ser

A vida te espera
A tant por descobrir
A vida que queres
Só tu podes construir
A vida te espera
A tanto por descobrir
A vida que queres
Só tu podes construir
A vida te espera
Está mesmo a frente
E é p'ra ti

A vida te espera
Há tanto por descobrir

Just Girls- A vida te espera

terça-feira, 8 de abril de 2008

Chuva

Cais sobre o meu rosto.
Levas as minhas mágoas,
Levas as minhas dores.
Trazes as minhas fadas
Fazes-me sentir os sabores
Os sabores de uma vida
De uma vida colorida

Levas-me para alem do arco-íris
Levas-me para além do horizonte
Trazes-me a alegria
que brota da tua fonte.

E assim fico
Iludida vivendo a realidade
Com as minhas fadas
E vós pequenas gotas
Vivendo esta breve e eterna felicidade.

sexta-feira, 4 de abril de 2008