sexta-feira, 1 de julho de 2011

Festa

Os foguetes voam pelo ar e desmancham-se em cores criando um belo espectáculo, aprazível aos olhos dos que assistem. A música soa, ecoa pelos bairros, varandas e tascas que se abrem para as multidões.Ergue-se a bebida, a melodia sobe de tom, vai uma sardinha, vai uma porção de pimento, vai outro alimento.
É a folia, é o êxtase do povo! Celebra as alegrias para esquecer as tristezas e mágoas da vida, do dia-a-dia. Que rica fuga, deliciosa aventura, à maneira bem do português.
E porque não se ser diferente, mas ser igual a tanta gente?
Entrelaçam-se os braços, abanam-se ancas e dão-se voltas e voltas. Os olhares cruzam-se, entre rusgas e companhias. Os gritos, os encontrões... No meio de tantas confusões, eis que a alma familiar clama e se acende a chama. Fala a voz da atracção, da paixão. Um passo, cada vez mais perto. Um toque, um arrepio, tanto acontece num rodopio...! As massas movem-se e o desenlace ocorre. Esse que num conjunto de minutos se criou, num segundo só se foge.
E a festa continua, porque o povo permanece na rua.

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