quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Conversas Inventadas... VI

- Nada se pode prever portanto resumimo-nos às probabilidades e ao acaso. Mas a ciência tem o seu quê de certeza, repudiando o aleatório na busca das verdades mutáveis.
- Sim, nesse campo (e noutros quiçá) podemos considerar isso.
- Mas sabes o que é misterioso nos seus contornos e modos de acção?
- O que reúne tais condições?
- Deus. O dito Senhor Lá de Cima de que falávamos há pouco, com o dito respeito adjacente.
- É uma perspectiva interessante. Lá está, há a certeza de uma entidade superior ser de existência incerta. Uma excepção ao "aleatorismo".
- Essas questões são estranhas. Mexem com tantas crenças, com a fé e a espiritualidade. E é estranho porque desconhecemos as faces, os rostos e o corpo, porque tudo é encoberto. E já dizia um professor meu que "Estranho é Deus porque é misterioso". Talvez tenha a sua razão.
- Se calhar isso suscita fascínio, é uma característica atractiva dessa figura divinal que nos leva a crer nela. Mas há questões que nos transcendem, necessidades superiores a nós que nos levam a isso.
- Necessidade de conforto, de esperança, de confiança...
- Sim.
- Em suma, a necessidade de bem-estar próprio e de equilíbrio com o meio que nos rodeia e onde nos inserimos. Em dada altura, inevitavelmente, ela surge.

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