sábado, 31 de dezembro de 2011

Feliz Ano Novo!

Alemão - 'Gutes Neues Jahr'
Catalão - 'Bon Any Nou'
Chinês Mandarim - 'Xin nian yu kuai'
Espanhol - 'Feliz Ano Nuevo'
Esperanto - 'Bonan Novjaron'
Finlandés - 'onnellista Uutta Vuotta'
Francês - 'Bonne Année'
Galês - 'Blwyddyn Newydd Dda'
Grego - 'Kainourios Chronos'
Hebreu - 'Shanah Tovah'
Holandês - 'Gelukkig Nieuwjaar'
Húngaro - 'Boldog Ujevet'
Indonesiano - 'Selamat Tahun Baru'
Islandês - 'Farsflt Komandi Ar'
Italiano - 'Buon Capo d'Anno'
Japonês - 'Akemashite Omedetou Gozaimasu'
Latim - 'Annum Faustum'
Norueguês - 'Godt Nytt Ar'
Polonês - 'Szczesliwego Nowego roku'
(http://www.mensagensvirtuais.xpg.com.br/mensagem-Feliz-Ano-Novo-em-varias-linguas/)

P.S. - Para ver mais línguas, consultar http://www.cucumis.org/projeto_42_p/p_sv_59_5.html

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Resoluções de Ano Novo

Segundo o calendário gregoriano pelo qual nos regemos, pouco falta para que 2011 ceda o seu lugar a 2012.
Um ano da nossa vida que fica registado no caderno mental das memórias, um ano da nossa vida que fica para trás e deixa caminho livre para que o destino imprima nas restantes páginas os seus novos traços, as suas surpresas, as suas aventuras.
E nesta altura vemos tudo o que estes 12 meses, 52 semanas ou 365 dias englobam, tudo o que está a chegar ao fim.
Perante tal cenário, acreditamos quando nos dizem "Ano Novo, Vida Nova", porque essa simples frase vem sempre acompanhada de esperança, de alegria, mas isso não é mais que uma desculpa para nos permitirmos de recomeçar, de emendar os erros do passado, de esperar algo diferente, de dar um passo em frente perante aquilo que nunca conseguiramos enfrentar ou fazer. É um incentivo, uma mudança, uma vitória prestes a acontecer.
E muitos, esperando um ano melhor que o anterior, elaboram as suas listas, fazem os seus desejos, estabelecem os seus objectivos e comem as suas passas, enquanto brindam ao soar da meia-noite.
Mas essa tradição, de estabelecer os pontos que se quer melhorar ou o que se cumprir no decorrer de um ano, não é algo recente. Remonta, segundo maioria das fontes consultadas, a 153 A.C., quando um líder Romano - Janus - foi colocado no topo do calendário. A sua figura apresentava duas faces, permitindo assim que o seu olhar se voltasse para trás, vislumbrando os acontecimentos passados, bem como para a frente, enfrentando o futuro. Assim, tornou-se símbolo das resoluções e muitos Romanos queriam o perdão dos inimigos e até faziam trocas de presentes no início de cada ano. (http://www.goalsguy.com/events/n_facts.html)
Com o tempo, as sociedades modificaram-se e as ambições foram evoluindo, o que levou à construção de diversos costumes à volta deste evento. Alguns ainda persistem nos dias de hoje, como é o caso das listas com os desejos para o novo ano.
Para elaborar uma apenas é necessário o uso da mente e a pretensão do coração.
A tarefa torna-se mais fácil se:
- se for realista, estabelecendo objectivos que sejam atingiveis
- os objectivos forem especificos, facilitando a construção de um caminho rumo a um objectivo major
- se encontrarem alternativas a dado comportamento, por exemplo, quando se quer deixar de fumar e se fuma devido ao stress, porque não arranjar forma de descontrair para diminuir essa necessidade?
É preciso também ter em conta que estes desejos devem estar direccionados a coisas que sejam realmente importantes para a pessoa, e não o próprio acha que devia fazer ou o que os outros esperam que ele faça. ( http://www.ehow.com/how_12077_new-years-resolutions.html#ixzz1hyiH1Lne )
Com mais ou menos objectivos, com estas ou outras preocupações ou pretensões em mente, uma boa parte da população repete os mesmos 10 desejos:
- Passar mais tempo com família e amigos
- Fazer mais exercício físico
- Perder peso
- Deixar de fumar
- Aproveitar mais a vida
- Deixar de beber
- Saldar todas as dívidas
- Aprender algo novo
- Ajudar os outros
É algo inevitável, porque o que pretendemos gira quase sempre em torno do mesmo: queremos ser mais saudáveis, queremos dar mais de nós aos outros e ser mais para os outros, mas também queremos obter algum proveito próprio. Daí que tanta gente pretenda construir o seu futuro com as mesmas bases, porque a partir daqueles pontos se pode dar asas à imaginação para elaborar outras pretensões, a cumprir ao longo de um ano, e se pode iniciar a viagem por e para uma nova vida.
Por isso, fica aqui a sugestão de prolongar esta tradição por mais uns anos, até como forma de dar o rumo que queremos às nossas vivências, de tomar as rédeas do nosso caminho e nos conduzirmos ao lugar onde queremos estar, onde nos vemos a estar e à pessoa que queremos ser.
Mesmo que o acaso e outras forças externas interfiram com as nossas resoluções, se não cumprirmos a nossa parte, se não lutarmos por aquilo que pretendemos, ainda menores serão as probabilidades do que queremos, não suceder.
Então empenhemo-nos por uma vida melhor, por um ano melhor.
-
Deixo duas sugestões para quem procura alguma inspiração: uma lista de 100 resoluções (http://matadornetwork.com/bnt/100-new-years-resolutions-for-2011/) e outra de 50 (http://www.buzzle.com/articles/new-years-resolutions2011.html.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Natal...

Tantas palavras resumem a quadra: alegria, família, prendas, doces, convívio...
Várias são as figuras invocadas: Pai Natal, renas, menino Jesus e restantes figuras do presépio.
E cada povo tem o seu costume, cada região de um mesmo país tem a sua tradição.
Mas no fundo, o âmago destes dias é sempre o mesmo.
Há algo único, que se repete anualmente, que nos liga. Que nos faz esquecer das diferenças, das guerras, dos ódios e problemas que se instalam nos meses anteriores e faz-nos querer pôr isso de parte para abraçar o amor e a paz.
Há algo que se torna mais forte e nos une ao outro, estabelecendo uma partilha que nos aquece o coração e alma.
E neste ano, quero desejar a todos os cantinhos que sigo e que me seguem, que essa busca seja eficaz, que o amor, a partilha, a paz, a união falem mais alto e vivam um Natal tranquilo junto aos vossos entes queridos.
No fundo, espero que tenham um Natal feliz.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

Elogio da Amizade

Não te importes se a tua
amizade é grande ou pequena,
alta ou baixa, quadrada
ou redonda, acidentada ou plana.
A amizade é de todos os tamanhos
e formas que se pode imaginar.
(Kass P. Dotterweich e John D. Perry)
P.S. - Em nome de uma boa tarde passada junto de duas amigas, cuja amizade poderá tomar diversas formas mas os seus contornos jamais serão alterados.

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

E chega aquela altura do ano...

... Em que só me apetece estar de férias, de comprar e fazer as prendas de Natal que quero dar, de dormir mais umas horas e passar aqueles dias especiais junto à família, celebrando a união, amor e os recomeços.

Mas depois lembro-me do resto, do que há para fazer, como as tarefas da casa e principalmente as matérias que ainda estão para estudar para as frequências de Janeiro, que noutros tempos eram os testes e a vinda do segundo período, que era sempre o mais significativo.
Então penso melhor e fico sem vontade de estar de férias.
E nestes últimos dias de aulas é este o dilema que enfrento.
Yeah... an exciting life.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

Christmas is coming

Os centros comerciais exibem as suas luzes, as lojas enchem-se de neve e objectos alusivos à época, esperando cativar quem passa pelas suas montras, e de longe a longe, nos centros das cidades, vislumbram-se árvores enfeitadas.
É certo que a crise (chamemos-lhe assim por conveniência) obrigou a corte nas despesas com bens materiais em alturas como esta, mas por algum motivo, o Natal parece que quis vir mais cedo este ano e todos os aspectos supra mencionados se anteciparam, alguns até se começaram a revelar em fins de Outubro.
Talvez seja sinal de que todo o espírito que acompanha esta altura do ano é urgente, que o desespero, a dor, a tristeza, a mágoa e todos os seus companheiros obrigam a antecipar estes rituais para que se possa sentir mais cedo a alegria, a bondade, a paz, a calma.
Eugénio de Andrade afirmava, na sua sabedoria, a preocupação dos nossos tempos e vai ao encontro deste assunto, porque de facto é urgente o amor. Ah!... Como é social e pessoalmente urgente o Natal.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Manifesto da Indignação

Imagem retirada de A Convicção da Dúvida
Já não dá para apertar mais o cinto. A anorexia instalou-se e vivemos na fome de condições, onde nos consomem as reservas de dignidade.
De negro se pinta a pele, confundindo-se com a noite dos tempos onde o silêncio era imposto.
No entanto, desta vez as riquezas são escassas, ou se escasseiam porque alguém (ou alguns) as mantém em segredo, e a voz não se cala. Sim, a voz faz-se ouvir, porém há quem se faça de mouco e se recuse a aceitá-las.
É verdade que a situação podia ser pior, contudo, não podemos permanecer passivos enquanto a qualidade de vida entrou numa espiral decremental.
Por isso, uma vez mais, o povo se reune para entoar o cântico a que tem direito.
E uma só acção basta: lutar pelo que é nosso. Amanhã, numa das diversas manifestações que vão ser levadas a cabo nesse dia de greve geral.

domingo, 13 de novembro de 2011

Os onzes

Passou o dia onze do mês onze e do ano onze.
E tantos onzes já se tornaram um marco, muitos por maus motivos, como o onze de Setembro nos Estados Unidos da América.
Mas o de sexta-feira era especial.
Era um onze que só por si simboliza um marco histórico, um fenómeno único, que só se poderá repetir, com alguma semelhança, daqui a um século.
Criaram-se expectativas, pensaram-se momentos, fizeram-se planos... e para quê?
Para a maioria dos sete biliões de pessoas que habitam este mundo foi só mais um dia. Um dia que se vive, um dia mais em que se sobrevive, onde a rotina impera e a crença degenera.
E eu vi-me a pertencer a essa maioria.
Muitas vezes temos o amanhã pensado e as expectativas edificadas, porém a vida encarrega-se de quebrar esses actos cogitados. Por vezes com boas surpresas, doutras com o desmoronamento das intenções e do intuito de usufruir as escassas horas que não retornam.
E do que podia ter sido esse dia, nada de se destacou.
Não que algo tivesse obrigatoriamente de se destacar, mas havia sempre a esperança de que podia ter sido diferente de todos os outros que se arrastam ao longo de semanas...
Ah!... Não é tolice acreditar, não é errado esperar um pouco mais, mas talvez seja inútil querer algo para além do que é oferecido, porque perante tanta miséria que nos rodeia devia ser mandatório sentir satisfação.
Mesmo sabendo disso, porque se continua a esperar sempre mais da vida?
Porque é que os onzes são presença diária que gera descontentamento?
Porque é difícil contentar-se com o que se tem?
Quiçá seja a alma a exigir mais para que o seu interior seja enriquecido, quiçá seja o coração com saudades de bater forte ou a mente com fome de memórias que sejam fruto de momentos com significância.
Quem o saberá...

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Ditos inventados

Recorda-te dos momentos vividos em que o azar os caracterizou,
pois podem trazer a sorte de amanhã.

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

And again, the rain...

Cai gota a gota, empurrada pelos ventos do sul.
E o meu ser sente-se capaz, desejoso de tudo mais que não pode, destendendo-se para além de si, desfazendo limites.
Uma força, uma vontade, despoletada unicamente por estes tempos, em que de novo volta a chuva. E cada gotícula recorda ao espírito que ainda é possível se ausentar de si, que é legítimo se aventurar e se entregar à Natureza ou querer ser livre e poder, porque ela faz parte de nós, da pureza, da simplicidade.
E abstraindo-me de assuntos terrenos, permito-me sonhar.

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Há dias e dias....



Há uma altura que se sabe que há muito para fazer, mas quando se inicia uma
actividade e se lhe pega pela ponta, acaba por ficar pela metade.
E
aparentemente, de preguiça viva no corpo ou pura simples falta de vontade, nada
parece ter sentido, mesmo que se defenda o caminho certo e se siga a
verdade.
Faço tudo o que devo, talvez não na proporção devida, mas nestes
dias, e há dias e dias assim, em que quando se chega ao lar doce lar, ou até num
canto daquele edifício onde passo horas, em que olhando o horizonte só consigo
ouvir a voz que ecoa na minha cabeça:

"And breathe, just breathe, oh
breathe, just breathe..." (Anna Nalick - Just Breathe)

E só desse modo
alivío a pressão sobre o meu peito e consigo respirar.

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

Adele - Someone Like You (Live in Her Home)



Por motivos que desconheço, esta música estende-se até ao ponto mais profundo que me compõe.
Espero que a consigam saborear de igual modo, até porque a cantora Adele tem uma voz vibrante e melodiosa.

domingo, 25 de setembro de 2011

Talentos

Uma vez, para um evento praxístico, foi-nos dada a tarefa de apresentar os nossos talentos.
Nessa altura pensei, cogitei e indaguei sobre qual seria esse mesmo e cheguei à conclusão que o meu talento era escrever textos longos - quem recebe mensagens minhas ou comentários meus sabe que eu me estendo e não me cinjo a meia dúzia palavras.
E fiquei por aí.
Até que ontem comprovei um outro talento meu.
Por uma vez, ao preparar duas tigelas com sopa para aquecer no microondas, reparei que havia qualquer coisa que não estava bem. Aproximei as minhas narinas daquele conteúdo líquido e senti um cheiro muito pouco agradável. Depois quando se foi a provar a dita cuja, percebeu-se que, de facto, havia algo de errado com a sopa.
E aconteceu isso de novo.
Então já sei no que sou boa: a descobrir se a sopa está azeda ou vai ficar.
Isto até pode parecer... estranho, mas até me dá possibilidade de emprego.
Numa perspectiva optimista, quem diz que não daria jeito uma habilidade destas na casa das sopas? Ou até num restaurante?
Isto só para dizer que até os talentos mais bizarros podem vir a dar jeito nalguma altura da vida e até podem vir a ser bem aproveitados, caso os punhamos em prática.
E já que abordo este tema, gostaria também de saber quais os vossos talentos, isto é, caso se sintam à vontade para os expôr. Estou certa que não hão-de faltar :)

terça-feira, 20 de setembro de 2011

O que se aprende nas aulas

Ao discutir o tema de autocuidado, que é significativamente relevante na prática de enfermagem, e ao tentar definir o mesmo, aprendi que...

"Divertir é um autocuidado, pois promove bem-estar."
Prof. Maria do Carmo
E não podia estar mais de acordo.
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P.S. - O autocuidado "... é a prática de actividades que o indivíduo inicia e executa em seu próprio benefício, na manutenção da vida, da saúde e do bem-estar (...) que contribuí de maneira específica, na integridade, nas funções e desenvolvimento humano." (Retirado de Sistematização da Assistência de Enfermagem)

sábado, 10 de setembro de 2011

Provoca um sorriso!

Ao ler dois textos inspiradores de duas amigas minhas, autoras do Erro de Servidor e Queria apenas dizer-te que... decidi colocar aqui um desafio cuja ideia já não é nova, mas que também procurarei cumprir. E o desafio intitula-se: "Provoca um sorriso!"
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Quantas vezes nos coibimos de fazer algo tão simples como cantar no metro só porque o silêncio é mais confortável? Ou até cumprimentar um estranho? Ou dizer a alguém que gostamos dela quando ainda é tempo porque nunca se sabe o dia de amanhã?
É disso que este desafio se trata, de provocar sorrisos espontaneos, de melhorar o dia a alguém com acções simples e descobrir que o mundo não é tão mau afinal.
Proponho então alguns pequenos passos:
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- Dizer "bom dia" a alguém que não se conheça;
- Cantar, murmurar ou assobiar no meio da rua ou num transporte público;
- Tentar fazer pelo menos um gesto simpático por alguém todos os dias. Se for muito difícil, tenta-se um por semana.
- Mandar uma mensagem a um número desconhecido com uma mensagem optimista. Pode até haver chatices, mas quem sabe se a pessoa que a recebe não estaria a precisar de algo assim?
- Retomar contacto com um amigo. Há amizades que por acção do tempo se perdem, mas basta um esforço para elas perdurarem.
- Mostrar o quanto gostamos dos que nos são próximos através de pequenos gestos. Mesmo que seja lamechice, é sempre bom sentir-se amado por outrem.
- Dizer uma palavra simpática a quem se encontra a nosso lado, mesmo que nunca tenhamos visto a pessoa. Um elogio decente (não daqueles dos trolhas, por assim dizer) pode ser uma boa recordação desse dia.
- Não se chatear por coisas pequenas, como o tempo que o autocarro demora ou o trânsito que está. Apenas aproveitar o tempo e saborear o dia.
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Pode ser difícil e acredito que em inúmeras circunstâncias para muitas pessoas o seja, mas vale a pena. Vale a pena deixar o receio e todos esses muros que se erguem com as regras sociais e vidas ocupadas cairem, tal e qual como sucedeu com o Muro de Berlim, porque esse marco é agora símbolo de vitória. Porque um só gesto pode fazer a diferença e se cada um estiver disposto a cumprir nem que seja um só daqueles pontos, estaremos juntos a tornar este mundo melhor.
Basta abraçar a calma, tudo com uma inspiração e expiração e um sorriso no fim.
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Quem quiser pode divulgar este desafio no seu espaço.
Está aberto a todos os leitores e até a quem passa mas não lê, quer dizer, só espero que pare ao menos por este textinho.
Agora é só arregaçar as mangas e mãos à obra!
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P.S. - Se quiserem, depois descrevam por aqui o que sentiram, como reagiram os outros e o impacto que as acções tiveram.

Água choca

Era eu, anos antes. Navegava e saltitava em poças de lama, rogando por águas claras e límpidas. Por uns pós de cloro que as tratassem.
As minhas preces ouviram-se lá nos cimos e começou a chover...
A poça diluiu-se, consegui vê-la de outra maneira e ter outra perspectiva perante a mesma. Que bem que sabia! Água menos carregada, uma suavidade que me adoçou a alma e era só essa felicidade pura, serena...
Contudo, não era água cristalina.
E eu continuava a desejar esse momento em que ela chegaria.
Palavras minhas... porque não me sossegaria?
De novo a chuva veio, mas não veio só. Trouxe ventos, mais terra e poeiras, mais tempestades e areias, e de tumultos maremotos se fez a poça.
Agora queria que acalmasse. Com o tempo e aprendizagem lá o consegui.
Nada permanece imutável com o tempo, por isso, ela adquiriu novos tons, acompanhando aventuras minhas.
E agora encontro outro impasse, já que ela de novo se estagna.
Porque será que há sempre algo que nos inquieta, que nos apoquenta?
É esta insatisfação que não se aguenta?
Até que nem tem mal querer um pouco de emoção ou um pouco de sossego, sem preocupações... Um retorno daquela felicidade, sem aflições...
É que se quedar assim por muito tempo, a poça que tantos tons e formas adquiriu, ela a que chamo vida, ainda se enche de água choca, e isso, aqui não se deseja.
Só espero que a chuva não volte em vão ou com os seus amigos....
Não quero outro desastre em mãos. Não... isso é que não.

sábado, 27 de agosto de 2011

O que é ser adulto?

Chega a um ponto da vida em que sabemos que mais tarde ou mais cedo nos vamos confrontar com a fase adulta, faz parte do desenvolvimento do ser e da pessoa. E aí, nesse mesmo ponto, damos asas à imaginação e colocamo-nos com mais uns anos, agindo em semelhança aos adultos com quem convivemos nos nossos dias.
E eis o que pensava e tenho vindo a comprovar sobre os adultos, embora haja excepções, claro.
- têm muitos cartões (de crédito/débito, de compras, com contactos, ...)
- andam com muitas chaves
- comem gelados com nome pomposo como magnum, quando noutros tempos comiam epás e pernas de pau.
- fumam
- bebem café
- bebem bebidas alcoólicas
- comem presunto, chouriço, azeitonas, ...
- deixam de dar promenores descritivos sobre o seu paradeiro a todo o momento e têm mais liberdade para sair e fazer planos
- são lhes oferecidas mais promoções
- os vendedores dirigem-se mais a eles para lhes falar e vender os seus produtos
- têm mais oportunidades de participar na sociedade
- têm mais visibilidade na sociedade
- lêem livros maiores
- podem ficar acordados até mais tarde, mas não se estendem muito.
- têm acesso ainda mais facilitado a materiais para maiores de 16 e de 18 anos
- têm mais responsabilidade pelas suas acções (até porque a justiça lhes pode oferecer uma estadia na prisão)
- têm acesso ao mundo do (des)emprego
- podem conduzir todo o tipo de veículos
- levam uma vida mais estável
E possivelmente mais outros aspectos aqui e ali.

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Pensamentos...

E se tudo correr bem...
Se o sorriso e as gargalhadas tiverem voltado,
Se as amizades forem presença constante e qualidade inigualável,
Se o desgosto tiver sido superado,
E nos outros campos singrar?
Se houver tudo isso e mais,
Mas continuar a haver algo que falte,
Que se ausentou?
Ou uma vontade mais forte que custa pôr-se em prática?
Porque é que esses aspectos teimam em vir ao de cimo, quando o que há de bom existe em maior quantidade?
Será a eterna insatisfação humana ou a inquietação de um espírito desolado?
Porque é que não é assim tão fácil ser-se feliz ou manter-se num estado de felicidade...?
Quando bastava um "don't worry, be happy" que prevalecesse...
E lá haveria o final feliz.
Malditos momentos de quietude... Só dão nisto...

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Amizade

"A amizade tem 3 vidas:
Nasce na alma de quem a dá!
Permanece no coração de quem a recebe!
E fica na memória de quem a sabe estimar..."
Autor desconhecido.
P.S.- Esta mensagem foi-me enviada por uma amiga que estimo há muitos anos. O meu grande obrigado para ela em especial e para todas as amizades e todas as pessoas que trago no coração.

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Sabia(s) que...?

"O tempo aproximado de decomposição de alguns resíduos abandonados nas praias é:
-
- papel: 3 meses
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- cascas de fruta: 6 meses
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- tetrapack: 5 anos
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- pastilha elástica: 8 anos
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- pontas de cigarro: 12 anos
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- sacos de plástico: 20 anos
-
- latas de alumínio: 200 anos
-
- garrafas de plástico: 400 anos
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- fraldas descartáveis: 450 anos
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- poliestreno: 1 000 anos
-
- vidro: 4 000 anos
-
(Participe na separação dos resíduos, colocando-os no contentor certo!)"

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Casualidade, sorte ou milagre?

Li um artigo da Revista Super Interessante deste mês (acreditem que é mesmo super interessante) que me captou a atenção. Está relacionado com histórias de pessoas que sobrevivem mesmo quando parece impossível. Eis alguns excertos:
-
"O caso da adolescente franecsa Bahia Bakari, de 13 anos, é um dos mais extraordinários da história dos acidentes aéreos. No dia 30 de Junho de 2009, um Airbus da Yemenia Airways despenhou-se no Índico, perto das ilhas Comores, matando 152 dos 153 ocupantes, incluindo a mãe de Bahia. Milagrosamente, a jovem foi projectada; não sabia nadar, mas agarrou-se a um destroço do avião que flutuava no mar. Assim permaneceu, na escuridão da noite, até ser resgatada 13 horas depois, exausta, desidratada e com uma clavícula partida."
-
"Algo semelhante aconteceu à peruana Juliane Kopcke, de 17 anos, mas desta vez em terras amazónicas: sobreviveu ao desastre de um voo da Lansa em que 93 pessoas perderam a vida, incluindo a mãe, depois de o avião ter sido atingido por um raio, na noite de Natal de 1971. Quando a jovem recuperou os sentidos, encontrava-se no meio da selva, sentada no seu banco de avião e ainda de cinto apertado. Depois, passou nove dias a vaguear sozinha na floresta , com uma clavícula partida e a alimentar-se das plantas que encontrava, até que chegou a uma aldeia. Em adulta, tornou-se tornou-se zoóloga."
-
"Outro caso impressionante foi o da hospedeira checoslovaca Vesna Vulovic, que caiu de um avião a 9000 metros de altura, em 1972. Sobreviveu, tendo apenas sofrido fracturas nas pernas e em três vértebras, pois as copas das árvores amorteceram a queda."
-
" (...) Thomas Magill, um aspirante a actor de 22 anos que se atirou do terraço de um edifício nova-iorquino com 122 metros de altira, no intuito de se suicidar. Nesse dia 1 de Setembro de 2010, o destino fê-lo embter no capot de um carro, que lhe amorteceu a queda: nem sequer perdeu os sentidos. Magill foi internado com uma perna partida e um pulmão perfurado, mas teve alta passados alguns dias."
-
"Aos setes meses de gestação, Kate dera à luz um par de gémeos: a menina estava em perfeito estado, mas o menino não dava sinais de vida. Os médicos deram-no por morto e entregaram o corpo à mãe, para que ela se despedisse do bebé. Passadas duas horas, em que Kate se recusou a separar-se do recém-nascido, este pareceu mexer-se um pouco. A mãe alertou as enfermeiras, as quais alegaram dever tratar-se de um movimento reflexo do cadáver. Porém Kate não desistiu: ofereceu-lhe o peito para mamar e Jamie, de imediato e perante o espanto de todos, virou a cabeça e começou a respirar. Agora tem mais de um ano e está são como um pêro."
-
E há mais histórias por lá que nos deixam de queixo caído, boquiabertos e com os neurónios a fazer sinapse a mil à hora, porque as leis mais básicas da Ciência e da probabilidade, não se adequam àquelas situações e se explicam parte do que acontece, não o conseguem explicar no seu todo.
Conhece(m) outros relatos assim?
E serão exemplos de uma mera casualidade, será a sorte que está presente ou milagres veridicos?

terça-feira, 2 de agosto de 2011

Parte do que sou

O blogue M. - parte do que sou completou os 200 seguidores e então a autora daquele containho com tão belos textos, propôs um desafio com as seguintes regras:
-1. Completa a seguinte frase: "Parte do que sou deve-se a..."
Parte do que sou deve-se às pessoas que passaram pela minha vida. Ainda mais por aquelas que ficaram e que trago no meu coração, porque deixaram a sua marca em mim e nas minhas vivências.
-2. Responder às seguintes perguntas: O que faz parte de ti?
De mim fazem parte momentos, memórias de bons tempos, saudades irremediáveis, amores e desgostos, desilusões e surpresas e também novas esperanças. E como disse acima, também fazem parte as marcas que as pessoas deixam na minha vida.
-O que gostavas que fizesse parte de ti?
Gostava de ter menos saudades e mais vivências, mais aproveitamento dos momentos, mais sentimento e menos preocupação, gostava de mais liberdade dentro de mim.
-O que nunca gostavas que fizesse parte daquilo que tu és?
Não gostaria nada que a ambição demagógica, que não vê a meios para atingir fins, a falsidade, a mentira e a inconsciência viessem a fazer parte de mim, até porque não sou nem nunca fui assim.
-3. Escreve uma frase que mostre aquilo que tu és utilizando as palavras "Parte do que sou"
Uma vez mostrei a um bom amigo meu partes do que sou, de como dividia a vida entre actividades extra-escola e partilhava o meu coração com a minha alma-gémea, mas julgo que algumas coisas escaparam nessa altura, como a determinação que possuo, teimando levar sempre as coisas até ao fim, mesmo enfrentando dificuldades; o meu lado sonhador, que me permite acreditar num mundo melhor e me faça ter uma enorme vontade de ajudar os outros (por isso escolhi o curso que estou a tirar), em finais felizes e até em pequenos pontos de luz em caminhos sombrios, embora seja mais optimista em relação aos outros que a mim; a minha alegria pueril, procurando diversões do tempo em que era criança (ainda que o continue a ser, em parte) e um medo que me acompanha nas relações interpessoais que combato há um bom tempo e que tenho vencido em certas ocasiões, permitindo que faça amigos que carregarei para a vida naquela máquina que bombeia sangue e nos neurónios que transmitem mensagens.
-4. Dizer o que pensas do blog "M. - Parte do que sou"
A primeira vez que passei por aquele cantinho, encontrei uma história e como eu gosto bem de ler, decidi começar pelo princípio da mesma. Assim deve ser, não é verdade? Ao msmo tempo que fiz isso, encontrei outros textos e fui lendo pedaços de cada um e encantei-me com a escrita. Concluindo e resumindo, acho que é um espaço muito bom, com textos de qualidade, coerentes e verdadeiros, que expressam muito bem as ideias existentes e são fáceis de ler e de compreender. É absolutamente recomendado :)
-5. Referir quem ofereceu o selo e de que blog é oficial
O selo foi oferecido pela M. do blog "Parte do que sou" e "Ás de Copas"
-6. Visitar o blog e se gostares do partedoquesou.blogspot.com faz parte dele também.
-7. Oferecer aos blogues que fazem parte de ti.
Ofereço o selo a todos os meus blogues, àqueles onde dou uma espreitadela de vez em quando e cujos endereços coloquei na minha lista para que estivessem sempre à distância de um clique, porque fazem parte de mim, para todo o caso.

sábado, 23 de julho de 2011

O poder da música

O "Oceano Pacífico" da Rfm passava boas músicas, como sempre.
Sonolenta, de me deitar tarde e acordar tarde, num vício e refúgio dificilmente controlável, deixei-me embalar por essas músicas, enquanto permanecia deitada.
Com aquelas melodias calmas, senti-me a regressar ao passado, a um tempo incerto.
Senti parcialmente aquela doce saudade que nos acompanha em elaborados sonhos juvenis, de quem quer tudo, mas não se sabe ao certo o que fazer.
Quando a realidade era suave e as dificuldades disfarçadas com momentos unicamente pueris.
E sonhar não custava, porque não conhecia bem os limites que me eram impostos, as barreiras que me impediam de ir mais longe. Vivia descontraída, saboreando emoções.
E agora?... Ainda restam alguns instantes desse sentir.
Será que a fase adulta ou a transição para a mesma nos faz perder esse carácter sonhador?
Ou por nos tornarmos mais responsáveis, passamos a delinear mais frequentemente objectivos tangíveis? Porque seria ignorância renunciar à impossibilidade de certos desejos e portanto, inútil viver face a eles.

Mesmo assim, cada vez mais consciente do mundo que me rodeia, ainda sonho, porque essa liberdade, ninguém me tira.

terça-feira, 19 de julho de 2011

A rola

Poderia escrever no outro espaço, no espelho da alma que revela alguns pensamentos meus e devaneios de cá de dentro, mas como a escrita de hoje traz consigo uma história, optei por escrever aqui.

Então, era uma vez uma rola. Pequena, atrevida e arrojada, provavelmente com a fome a dominá-la, abeirou-se da gaiola da rola que está cá por casa há anos e anos, e que não fugiu quando eu e a minha irmã a tentamos libertar, feitas defensoras dos direitos dos animais (embora tivéssemos de facto alguns desses ideiais).
Subiu para o topo dela, agarrou-se aos ferros com afinco e nem sequer se assustou quando, espantadas, nos deparamos com ela a tentar abicar-se ao comer da outra sua semelhante.
Espalhamos milho pelo pequeno pátio e estendemos uma tigela de comida de cão com água, a servir de bebedouro, e a malandra não arredou pé, nem quando estava satisfeita.
Cirandou, cirandou... e desapareceu.
Pensamos que já deveria ter regressado ao ninho ou para junto do seu grupo, mas no dia seguinte voltou a aparecer.
Mais uma dose de comida, de água, bons tratos, muita meiguice por aquela pequena criatura.
E foi vindo, uma vez e outra. Ficou freguesa da casa, dos luxos oferecidos, sem custos acrescentados. É uma rola com olho para o negócio, sabe bem lucrar a troco de nada.
E dizem que somos os seres mais inteligentes? Perto da bancarrota, com ratings que nos mandam para o lixo e a sofrer crises mundiais, quando estes pequenos seres nos mais simples actos nos mostram a verdadeira inteligência.
Mas a história não fica por aqui. De tão freguesa da casa que se tornou, que se sentiu confortável a entrar por ela adentro sem pedir "com licença" (a fotografia acima colocada demonstra isso mesmo). E já o fez mais do que uma vez até os dias de hoje.
Também há direito a uma reviravolta! Um vizinho que achou que ela de tão próxima que estava, decidiu juntá-la à outra, aprisionando-a no mesmo espaço cerrado. Quando a encontrei, caminhando desastrosamente pelos ferros, apoderando-se da comida, decidi, após uma conferência com a minha mãe para saber do autor daquele feito, retirá-la daquele sítio.
Talvez por ter sido forçada àquele ambiente decidisse virar-nos costas, como dona do seu próprio destino, mas por uma qualquer força misteriosa ela permaneceu por perto.
Digam que é instinto animal, afirmem que as leis da sobrevivência se sobrepõem à mente da ave, mas há algo que me diz que a sua presença recorda uma outra, um regresso a casa, um entrar de novo pelas portas que é muito bem vindo. Porque se a sobrevivência falasse mais alto ela não deixaria que nos aproximássemos dela, nem permaneceria quieta junto a nós ou à nossa habitação enquanto executamos tarefas diárias e rotineiras, correndo riscos desnecessários.
Conquanto o tempo esteja de chuva e ainda não a tenha visto hoje (ou ontem, porque já passou da meia-noite), sei que se esconde por entre os ramos da árvore acolhedora, protegendo-se das gotas que caem do céu, aquele pequeno ser a quem já chamo de "nossa rolinha".

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Mistério do vento

Entendi o porquê das nortadas ocorrerem quase sempre na mesma altura do ano...
É que segundo Carla Antunes,
"Quando está vento, é porque está um Anjo a soprar a vela do seu bolo de aniversário."
Então concluí que há muitos anjinhos a fazer anos por esta altura.
Peço portanto que me desculpem pelas injúrias que fiz actualmente. Para compensar isso deixo aqui os meus Parabéns!

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Situação actual

"Hoje é tão difícil educar como ser educado"
Lídia Noronha
Nesta geração rebelde da qual faço parte, nesta geração à rasca que encontra condições difíceis e um futuro incerto face aos 12,6% de desemprego, cortes no salário e subida nos combustívieis, produtos e impostos e taxas de tudo e mais alguma coisa, é cada vez mais árdua a tarefa da educação.
São as liberdades cedidas por tudo e por nada em camadas cada vez mais jovens, que começam a sair à noite já durante o ensino básico, frequentando locais que legalmente não poderiam frequentar, ingerindo bebidas alcoólicas que são impostas pelas regras sociais do "fica bem" ou "se tu não bebes não fazes parte do grupo, és foleiro, és um cortes", e começam cada vez mais cedo... Apanhando bebedeiras só porque sim, para ver como é, porque nem dão conta da sua resistência corporal ao alcool.
E esses interesses sociais, de manter um grupo de amigos e de andar com aquele (a) ou com o outro (a), que gera conflitos e situações que são trivialmente exagerados. Isso conduz muitas vezes a disputas entre os próprios colegas da mesma faixa etária, onde se reage violenta e despropocionalmente à questão e à sua idade.
Depois há a crescente falta de interesse de prosseguir estudos, de concluir projectos, de possuir algum tipo de educação e de adquirir ou de procurar algum emprego. Faltando às aulas, comportando-se indecentemente durante as mesmas e com os colegas e os professores.
Ah... "porque é uma seca estudar." e "ninguém gosta de estudar", mas é com isso que construimos o futuro e sem o fazer, se as hipóteses de o conseguir já são tão baixas, então tornam-se praticamente nulas. Com os pais a ameaçar os professores "Se não passa o meu filho que é tão bom menino eu chamo...", e tão bom menino é que nem lá põe os pés e vagueia como marginal, porque temos de aceitar que quem não frequenta o sistema de ensino mas está inscrito, é porque ocupa o seu tempo de alguma forma e maioria dos jovens que nem lá põe os pés ou se escapam, muitas vezes acabam por se tornar marginais socialmente.
Quem possui um nível de escolaridade mais elevado apresenta mais hipóteses de singrar, de se tornar útil socialmente e até tem menor risco de desenvolver determinadas doenças, talvez porque conhece os riscos de adoptar comportamentos de risco. Há estudos que o comprovam.
Também é facto que os próprios funcionários e professores notam uma diferença entre a geração mais nova e outra, poucos anos mais velha. Os miúdos tornaram-se insolentes, o "posso, quero e mando" está mais presente que nunca e se não obtiverem o que querem, as birras acontecem e as ameaças e injurias às pessoas a quem as dirigem vão-se tornando frequentes. E os paizinhos julgando que os seus filhos são uns anjos, quase idolatrando-os, raramente assumem que eles têm defeitos e então mimam-nos, agravando a situação, culpando os outros por tudo o que ele não conseguiu.
Ou então são tão ocupados ou amam tanto os seus filhos (ao contrário) que nem ligam a essas questões e abandonam-nos nas insituições, entregam-nos à sorte da vida e esperam que os outros que os criem. E poucas vezes arranjam forças de se tornarem indivíduos decentes, lutando por si próprios sem afecto dos que o deveriam ter por ele. Por vezes, encontram a amizade, a preocupação dos outros e sobrevivem.
Mas que sociedade é esta em que a geração emergente se abandona ao ócio, ao mimo e ao trabalho dos pais? Quedando-se pelos meios virtuais, pelos jogos, já quase nem sabendo se quer o que é um livro com folhas de papel. Criados num mundo de facilidades, onde se compra, se faz amigos, se namora e se casa pela internet?
E onde se esbanja dinheiro pela sede de consumismo? Ou se arranja forma de lucrar praticando a delinquência?
Que é dos valores do passado? Do respeito, do esforço, da responsabilidade...? Ficaram esquecidos pelo facebook ou foram os pais que se esqueceram de twittar sobre isso para a mensagem entrar na cabeça dos filhos?
Será que as vidas apressadas, dos empregos exaustivos que permitem ganhar o pão, não permite o tempo em família? Ou mesmo em casa cada um fica no seu canto?
Dizemos que somos uma geração à rasca, concordo em certo ponto com isso, porque até pelas notícias que os telejornais sempre teimam em acentuar conseguimos ver a grave situação em que está o país e que quem paga são os nossos pais e depois seremos nós, se é que já não o somos, com o governo sempre à margem, ilibado... Mas não nos podemos esquecer que uma parte de nós também contribuiu para isto. Com as fraudes, os enganos, os jogos, os golpes...
E ainda se acredita na nossa geração. Eu acredito que uma boa parte poderá trazer melhorias. Acredito que algumas pessoas que conheci e que conheço poderão contribuir para melhorar toda esta situação, pelo exemplo que dão, pelo trabalho e empenho que demonstram, pela ambição saudável que os leva a ter objectivos de vida e a lutar por eles.
No entanto, há aquela onda que se mantém na sombra desse pequeno mar de gotas que forçam a corrente a andar para a frente, enquanto aquelas a sugam para trás.
O problema reside na educação, no criar com amor, incutindo valores e crenças, e todas as ferramentas que levam ao crescimento e formação pessoal adequados. Muitas dessas ferramentas estão distorcidas, enferrujadas, e de tanta ferrugem que têm e de tão habituadas que as pessoas estão, ou pela mentalidade que não as permite ver isso, já nem se apercebem do que é errado. Por isso, para mudar toda essa linha de comportamentos, atitudes e mentalidades, é preciso, primeiro uma acção correcta dos pais, porque sim, cabe aos pais a educação dos filhos. As bases aprendem-se e estruturam-se em casa e as lições aprendem-se com os momentos, com a vida e para saber interpretá-las é preciso ter a consciência devidamente formada e os valores apreendidos e vincados. Sem valores não se vai a lado nenhum... a não ser à cadeia. E sem isso, quando os estragos já foram feitos e as atitudes grosseiras e insolentes já quase não têm remedio, quando os pais tentam reverter a situação e já quase não há volta a dar, ou se esses nem se deparam com a problemática que assola a personalidade dos seus rebentos e outros detectam o problema, muitas vezes os jovens recusam-se a serem reeducados, julgando ter tudo aprendido e sabido, não conhecendo os riscos que muitas vezes os seus comportamentos acarretam. Portanto, de facto, hoje em dia é tão difícil educar e também ser educado.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

Banalidades...

Vai uma estudante perder-se nos livros, nas folhas... e nos chocolates também. Época de esforço e estudo tudo para conseguir bom aproveitamento. E... objectivo cumprido! De lágrimas e suor (nem tanto como de cansaço) é ansiado o tempo de paz, de mais pausas de kitkat (sem contar com as barras de chocolate e bolacha). Uns raios de sol aparecem, mas maior é a preguiça que obriga a ficar em casa. Quando as energias se recuperam eis que... aparece a chuva! Vai uma pessoa querer fazer umas caminhadas para abater os males que se acumularam nestes tempos de ócio, de traseira colada à cadeira, e não dá... S. Pedro não deixa. Planos desfeitos, compromissos limitados...
Que ricas férias solarengas só em imaginação, mas é pura maldição que abate sobre o norte. No sul, nem nuvem que passe... É tramóia do aquecimento global, de certo.
Mas vá que vá, o tempo ainda é longo e dará para muito. E a chuva pode trazer outras oportunidades. Há que manter a esperança e a expectativa vivas.

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Festa

Os foguetes voam pelo ar e desmancham-se em cores criando um belo espectáculo, aprazível aos olhos dos que assistem. A música soa, ecoa pelos bairros, varandas e tascas que se abrem para as multidões.Ergue-se a bebida, a melodia sobe de tom, vai uma sardinha, vai uma porção de pimento, vai outro alimento.
É a folia, é o êxtase do povo! Celebra as alegrias para esquecer as tristezas e mágoas da vida, do dia-a-dia. Que rica fuga, deliciosa aventura, à maneira bem do português.
E porque não se ser diferente, mas ser igual a tanta gente?
Entrelaçam-se os braços, abanam-se ancas e dão-se voltas e voltas. Os olhares cruzam-se, entre rusgas e companhias. Os gritos, os encontrões... No meio de tantas confusões, eis que a alma familiar clama e se acende a chama. Fala a voz da atracção, da paixão. Um passo, cada vez mais perto. Um toque, um arrepio, tanto acontece num rodopio...! As massas movem-se e o desenlace ocorre. Esse que num conjunto de minutos se criou, num segundo só se foge.
E a festa continua, porque o povo permanece na rua.

quinta-feira, 23 de junho de 2011

S. João a caminho!

Na noite de São João,
Com o martelo a martelar,
Vou lançar um balão,
Para um beijo te levar,
Três martelinhos te mando
Para deles poderes cuidar
Na noite de São João
É obrigatório martelar
Martelar a noite toda
Martelar sem parar
Martela a todo o custo
Martelar é o que está a dar.
P.S. - E vou manter viva a tradição, se Deus quiser... :D

sexta-feira, 10 de junho de 2011

Porque gritamos?


Um dia, um pensador indiano fez a seguinte pergunta aos seus
discípulos:


“Porque é que as pessoas gritam quando estão aborrecidas?”


“Gritamos porque perdemos a calma”, disse um deles.


“Mas, por que gritar quanto a outra pessoa está a seu lado?” Questionou
novamente o pensador.


“Bem, gritamos porque desejamos que a outra pessoa nos ouça”, retrocou
outro discípulo.


E o mestre volta a perguntar:


“Então não é possível falar-lhe em voz baixa?”


Várias outras respostas
surgiram, mas nenhuma convenceu o pensador. Então ele esclareceu:


“Vocês sabem porque se grita com uma pessoa quando se está aborrecido?


O facto é que, quando duas pessoas estão aborrecidas, os seus corações
afastam-se muito. Para cobrir esta distância precisam de gritar para poderem
escutar-se mutuamente. Quanto mais aborrecidas estiverem, mais forte terão que
gritar para se ouvirem um ao outro, através da grande distância. Por outro
lado, o que sucede quando duas pessoas estão apaixonadas? Elas não gritam.
Falam suavemente. E porquê? Porque os seus corações estão muito perto. A
distância entre elas é pequena. Às vezes os seus corações estão tão próximos,
que nem falam, somente sussurram. E quando o amor é mais intenso, não
necessitam sequer de sussurrar, apenas se olham, e basta. Os seus corações
entendem-se. É isso que acontece quando duas pessoas que se amam estão
próximas. “


Por fim, o pensador conclui:


“Quando vocês discutirem, não deixem que os vossos corações se afastem,
não digam palavras que os distanciem mais, pois chegará um dia em que a
distância será tanta que não mais encontrarão o caminho de volta.”


Mahatma Gandhi


sábado, 28 de maio de 2011

Jessie J feat. B.O.B. - Price tag

Aint about the (yeah) Ba-Blang Ba-Blang
Wanna make the world dance,
Forget about the Price Tag.
Yeah yeah
Well, keep the price tag
And take the cash back
Just give me six strings and a half stACK.
And you can keep the cars
Leave me the garage
And all I..
Yes all I need are keys and guitars
And its with in 30 seconds I'm leaving to Mars
Yeah we leaping across these undefeatable odds
Its like this man, you can't put a price on the life
We do this for the love so we fight and sacrifice everynight
So we aint gon stumble and fall never
Waiting to see this in the sign of defeat uh uh
So we gon keep everyone moving their feet
So bring back the beat and then everyone sing
It's not about the money, money, money
We don't need your money, money, money
We just wanna make the world dance,
Forget about the Price Tag
Ain't about the (uh) Cha-Chang Cha-Chang.
Aint about the (yeah) Ba-Blang Ba-Blang
Wanna make the world dance,
Forget about the Price Tag.
It's not about the money, money, money
We don't need your money, money, money
We just wanna make the world dance,
Forget about the Price Tag
Ain't about the (uh) Cha-Chang Cha-Chang.
Aint about the (yeah) Ba-Blang Ba-Blang
Wanna make the world dance,
Forget about the Price Tag.
Yeah, yeah
Oo-oooh
Forget about the price tag

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Filosofias perdidas em conversas...

Interacção.

"É verdade, mas é dessa partilha, da adaptação de uns aos outros, dando um pouco de si e recebendo de volta, com todas as mudanças que isso acarreta, que conseguimos crescer e evoluir."

quarta-feira, 18 de maio de 2011

Slogan

"Mata a sede em legítima defesa"
7up
E se me quiserem impôr um processo quem é que me acusa? A lata? Os seus filhos? A empresa?
Isto daria muitos problemas, porque provavelmente também faltariam testemunhas.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

"Chegou o momento...

".... Temos vontade, para enfrentar qualquer que seja a dificuldade. Superamos tudo, não temos medo. (...) Estamos unidos para sempre."

E agora ergue-se uma nova etapa. Outra forma de estar, de viver. Mas o Eu e o Nós que se foi construindo permanece, com a vontade que nos acompanhou neste percurso árduo e único e do qual fazem parte momentos e vivências inesquecíveis. É com essa bagagem que nos preparamos para outra fase, para transmitirmos aquilo que nos ensinaram e nos fizeram ver, porque praxe é prática, é o que passa para o outro lado, para os olhares curiosos que falaciosamente a tentam definir sem se quer a integrar e a assumir como compromisso. Mas também é sentir, é ajudar e respeitar, procurando como ideais a humildade e a união. É o que trazemos na alma, connosco, nas relações do dia-a-dia e no modo como nos posicionamos e na postura que temos. É o que ainda estamos a descobrir e que não possui definição estanque, porque cada um a sente à sua maneira. E ainda é muito mais do que isso...


2009+1 / 2011 - ab eternum.

domingo, 24 de abril de 2011

Páscoa = Passagem

Apesar de já ter escrito no outro espaço, surge a vontade de deixar algumas palavras por aqui.

Nesta época, o culminar de todos os acontecimentos e momentos da vida de Cristo, é-nos revelada uma alternativa, o sacrifício do Senhor por nós, pela humanidade, para fim de remissão dos pecados e restauração da pureza daqueles que os cometeram.
E de que serviu?
Qual é a situação presente?
É quase ridicula a distância longínqua que se estabelece entre o que sucede actualmente e essa utopia que se procurava alcançar...
A Passagem desses tempos para o início do séc. XXI, dos romanos para os governos pseudo-democráticos, onde reina a desorganização, a corrupção e os interesses próprios. Tudo para isto... De certeza que se Jesus soubesse disto se calhar pensaria duas vezes antes de se entregar às mãos do Homem. Realmente soubemos agradecer-Lhe...

(Provavelmente se fosse nos dias de hoje, refugiava as suas mágoas nas amêndoas e ovos de chocolate)

terça-feira, 19 de abril de 2011

Um pequeno jogo...

Seguindo as regras que descobri no espaço de uma amiga (http://errodeservidor.blogspot.com/), elaborei a seguinte lista, com supressões, há dias.
Quem quiser fazer o mesmo, é só procurar as instruções no blogue supracitado e divertir-se um pouco com isto.


1- Como te sentes hoje? “Torn” Natalia Imbruglia Pois... Era exactamente isso, uma alma despedaçada. Que alegria!...


2- Vais ser alguém na vida? “Stars” T.A.T.U.
Quem diria que nasci para o estrelato? Só se for por estar sempre a olhar para o céu...


3- Como os teus amigos te vêem? “I’m with you” Avril Lavigne
Agora nem estou tanto com eles... Mas tento estar.


4- Vais casar? “Lose yourself” Eminem
Muito esclarecedor. Mas se me casar não, não me irei perder, nem na relação. É bom ter os pés assentes na terra, senão as coisas viram para o torto.


8- Como é que podes ir adiante na vida? “Glamorous” Fergie
Lá está, nasci para a passadeira vermelha. Era mesmo isso que queria... lol


9- Qual é a melhor coisa nos teus amigos? “You gotta be” Des’ree
Não que eles devam ser algo, porque gosto deles como são, mas têm muitas características de que a música fala.


10- O que é que está "in" esta semana? “1973” James Blunt
Sim, os anos 70 estão "in" ;)


12- Que música vai tocar no teu funeral? "With Love” Hillary Duff
Quando partir deste mundo, gostaria, se fosse possível, de ter uma despedida com amor. É que fazer uma com raiva, vingança e tudo mais não é muito agradável, nem para uma pessoa morta.


15- O que é que os teus amigos REALMENTE pensam sobre ti? “Glamorous” Fergie
Sim, o computador reiniciou e pumba, lá apareceu a música de novo.
Mas acho que podiam pensar tudo, menos isso...


17- Como te podes fazer feliz? “A sonhar Contigo” Tony Carreira
Ui... Resta saber quem é o individuo envolvido. Espero que não seja o próprio Tony Carreira.


18- Com que música farias um striptease? “Broken” Lifehouse
Uma música calma e um tanto triste é o ideal, sem dúvida!


19- Se um homem numa carrinha te oferecesse um doce, o que farias? “Zachem Ja” T.A.T.U.
Respondia-lhe com isto. De certeza que se pisgava logo.


20- O que é a tua mãe pensa de ti? “Nobody Knows” Pink
Será...? Vá, pelo menos há-de saber que não tem má filha, já que tenho um grande exemplo a seguir.


22- Qual é a música do teu inimigo mortal? “Cry” Lasgo
Chora. Chora aí! Hahaha... (subentende-se um riso maléfico)


23- Como é a tua personalidade? “How you remind me” Nickelback
Acho que uma esquecida por Natureza não vai ter o poder de fazer lembrar a alguém o que quer que seja, mas enfim, pode acontecer.


25- Que música vai tocar na tua lua-de-mel? “Believe” Cher. Se pensarmos que esta música fala de acreditar num amor após outro amor, não sei se seria uma boa escolha para a ocasião.

sábado, 9 de abril de 2011

Azáfama da cidade

Há dias regressei ao meu lar a horas pouco habituais. Não, não foi de madrugada nem na altura do sol raiar, mas sim às 18 horas da tarde. E o que tem de estranho isto? Pois... Para quem leva uma vida minimamente decente, essa é a hora de sair da escola, no entanto, devido a actividades extra-estudos, (as quais não irei denominar para não ferir suspectibilidade ou certas crenças) sempre que me dirijo para a minha habitação, o céu apresenta tons escuros, pequenos pontos luminosos despontam nesse manto negro (sem ser em dias nublados...) e o sossego quase assustador instala-se nas ruas. Para meu espanto, há imensa actividade antes do sol se pôr, tanta que nesse preciso momento eu me imaginava noutro mundo, num espaço estranho para mim, mas pelos vistos são cenários frequentes que já nem sequer me recordava de ver. Os autocarros cheios, jovens em cada canto com o seu grupo de amigos, a estação do metro que tanto se esvazia como de seguida se enche e muito mais... Até descobri que as paredes de uma empresa tinham mudado de cor, para azul claro se não me engano. É que de noite não dá para perceber essas coisas, esses pequenos aspectos que se configuram de modo diferente com a incidência de um, dois, vários raios de sol, iluminando a cidade e tudo o que se movimenta e se queda nela. Fenómenos físicos tão básicos que nos passam ao lado... Como é possível que algo tão simples faça tanta diferença?

domingo, 27 de março de 2011

O meio... não o fim

"A grandeza de um Ideal não está em atingi-lo, mas em lutar por ele."
Juan José Medina

terça-feira, 8 de março de 2011

Dia Internacional da Mulher



"Somos iguais? Até a resposta ser sim, não nos devemos deixar de perguntar."
Um vídeo promocional expositivo que revela o contexto que a mulher encontra a nível mundial, quer as dificuldades que efectivamente encontra, quer as probabilidades de as vir a passar, em relação ao sexo oposto.

segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Conversas Inventadas... IX

- E quantos os segredos que contigo partilho!...
- Ter-me-ão sempre ao dispôr para isso.
- Para mais que um mero monólogo?
- Se me julgares ao teu pé, se me sentires perto, não será monólogo.
- Basta isso?
- Só isso.
- Então prolonguemos estas conversas pelo tempo... Que sejam mais que inventadas! Que sejam loucuras realizadas, o sustento da alma.
- Que sejam...
Sentamo-nos de frente uma para a outra e num olhar revelamos tudo o que ficou por dizer e o que há para dizer. E nada mais é necessário para completar este cenário.

domingo, 27 de fevereiro de 2011

Conversas Inventadas... VIII

- Estes dias têm muitos males... Mas é nossa função descobrir os bens que os mesmos inserem.
- Como vislumbrar o arco-íris no meio da tempestade e inconstância meteorológica?
- Exactamente.
- Ah!... Se fosse fácil fazer isso, se o mirasse em todos os contextos de dificuldade...
- Seria sinal de presença apaziguadora. Conheço essa sensação que procuram.
Surrurando, digo:
- Shh...É segredo... É uma busca do intímo.
- Fica entre nós então.
- Obrigada.

Conversas Inventadas... VII

- Há que saber lidar com elas, trazendo ao de cimo todas as nossas capacidades, todas as nossas forças.
- Triste do dia em que se tornam necessárias.
- Feliz do dia, pois é da maneira que crescemos, que evoluímos como seres humanos e como pessoas. Faz parte da história de cada um.
- E que contos se redigem em folhas da vida...
- São aventuras em papel, traços irrepetiveis e únicos, com direitos de autor incluidos, que os póprios escritores desenvolvem, por vezes com a ajuda de uma mãozinha dali ou daqui, outras vezes por si só. E só isso já é outra história.
- Sabes o que acho?
Com ar traquina profere:
- Ainda não mo disseste.
- Oh! Pois... Se somos quase 7 biliões, sem contabilizar os outros seres vivos, e se o nosso planeta possui outros biliões de anos, onde viveram outras espécies e outros seres humanos ou pseudo-humanos, já imaginaste como deve ser o livro da humanidade e da biologia térrea?
- Nunca tinha cogitado sobre isso, mas deve ser muito denso e volumoso.
- E quem carrega esse peso é a Mãe Natureza.
- Coitada! Com os efeitos colaterais das nossas acções a sua alma jamais se endireitará.
- É o mal destes dias...

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

Conversas Inventadas... VI

- Nada se pode prever portanto resumimo-nos às probabilidades e ao acaso. Mas a ciência tem o seu quê de certeza, repudiando o aleatório na busca das verdades mutáveis.
- Sim, nesse campo (e noutros quiçá) podemos considerar isso.
- Mas sabes o que é misterioso nos seus contornos e modos de acção?
- O que reúne tais condições?
- Deus. O dito Senhor Lá de Cima de que falávamos há pouco, com o dito respeito adjacente.
- É uma perspectiva interessante. Lá está, há a certeza de uma entidade superior ser de existência incerta. Uma excepção ao "aleatorismo".
- Essas questões são estranhas. Mexem com tantas crenças, com a fé e a espiritualidade. E é estranho porque desconhecemos as faces, os rostos e o corpo, porque tudo é encoberto. E já dizia um professor meu que "Estranho é Deus porque é misterioso". Talvez tenha a sua razão.
- Se calhar isso suscita fascínio, é uma característica atractiva dessa figura divinal que nos leva a crer nela. Mas há questões que nos transcendem, necessidades superiores a nós que nos levam a isso.
- Necessidade de conforto, de esperança, de confiança...
- Sim.
- Em suma, a necessidade de bem-estar próprio e de equilíbrio com o meio que nos rodeia e onde nos inserimos. Em dada altura, inevitavelmente, ela surge.

sábado, 19 de fevereiro de 2011

Conversas Inventadas... V

- São os pequenos gestos que constroém o amor.
- Foram esses mesmos que me levaram a sentir isso por ti, para além da ligação biológica que partilhamos. E permanece exactamente igual àquele momento.
- Eu acredito.
Cogito internamente. Depois exprimo-lhe o que me vai na mente.
- O amor, essa força divinal, que movimenta céus, mares e montanhas, faz-me também questionar as forças superiores que nos movem, que nos conduzem e que, em suma, actuam sobre nós. Tu ainda crês nelas?
- Creio na força que cada um possui, no Deus próprio que habita no âmago da alma e é fonte de esperança, guardando em si o princípio dos grandes actos do Homem. No entanto, defendo igualmente a existência de uma entidade superior, mas não tão rigída nem controladora como a tomam.
- Lembro-me de pensar assim. Agora... Agora resta a fé que me move de modo incerto. Mas continuo a crer em Deus e na maioria dos princípios do cristianismo.
- Mantés-te fiel ao fascínio de infância. É impressionante como a idade te trouxe quase ao mesmo ponto.
- É verdade. Mas os caminhos são misteriosos. Há ganhos e perdas, há azares e sortes, vindos de súplicas ou do acto da Fortuna. E quantas vezes já atendeu aos meus pedidos!....
- Talvez porque são honestamente sinceros. Mas com mais oração ou menos compromisso, dependendo da sua fiabilidade como religioso, ninguém sabe aonde isso nos levará.
- São mistérios.
- Cada passo dependerá de outro, mas nunca saberemos qual o percurso que os mesmos imprimirão na fina areia durante todo o seu caminho. Nem no fim.

domingo, 13 de fevereiro de 2011

Conversas Inventadas... IV

- Não me consigo ausentar... Uma parte de mim permanece neste ponto.
- Então que a outra parte se ausente por ti. Talvez baste.
- Tem sido assim e para já ainda não me desfragmentei definitivamente... Há sempre um elemento coesivo.
Olho para o horizonte.
- Eu era para escrever sobre o amor na véspera do dia de S. Valentim, um dia especial por duas razões...
- Que uma delas seja um marco sorridente no percurso da vida.
- Ambas acabam por o ser.
- Estás certa, de facto.
- Eu era para falar disso, mas a ocasião passou.
- O amor sobrevive, vive ainda um pouco por todo o lado. Não é um dia que o determina.
- Certamente. Mas... será ele utopia?
- E o que é que não o poderá ser? Quem garante que a realidade não é utopia?
- Déscartes garantiu-o: "Penso, logo existo".
- Ciências não quebram os limites da mente, ela que navega por mundos inimagináveis, ilusórios até.
- E então e ele...
- Ele existe. Existe como nós existimos. Se formos ilusão, ele será ilusão, porque somos nós que o fazemos. Mas mesmo assim será um doce engano que acalenta corações, eleva espíritos, sustem vivências, aquele que procuramos e por algumas vezes encontramos.
- Eu tenho a sorte de o ter achado em momentos e dele ter permanecido.
- Sei que te escapou nalgumas ocasiões...
- Talvez nem o tenha sido, não na sua unidade, do eu e tu que formam nós. Mas águas passadas não movem moinhos.
- Outras águas correm para dar seguimento ao curso desse rio, onde serás barquinho resistente. Estou certa disso.
- Oxalá o seja... E sabes onde o achei com mais força e mais pureza?
- Não...
Volto-me e entrego um abraço de novo.
- Aqui.

(Iniciada a 13 de Fev.; finda a 17 de Fev.)

Conversas Inventadas... III

- De facto o sonho é um dos melhores remédios para as misérias.
- E como é bom enfrentar o que nos rodeia sem barreiras. Apenas nós e o pensamento.
- Verdade.
- Costumas fazer isso com frequência?
- A todo o tempo.
- Eu também me perco bastante nas minhas imaginações.
- Quando o coração é pleno de desejos, esses são enviados às células cerebrais a cada pulsar, tornando a mente num terreno fértil, propício ao crescimento de multiplos cenários.
- Então é assim que eles nascem. Sabes o que queria agora? Agora, o que mais queria era ficar aqui...
- Mas espera-te o mundo.
- O mundo é muito grande para um ser pequeno como eu.
- Pois é. Mas por algum motivo te colocaram nele.
- Eu sei...
- E eu continuo aqui. Continuaremos aqui nestas conversas.
Suspiro.
- Está bem. Eu vou. Mas volto.
- Cá te esperarei.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Conversas Inventadas... II

- Não tem.
- Exacto.
Um momento de silêncio.
- Sabes como isto começou?
- Um devaneio da saudade.
- Acompanhado de uma explosão de remoinhos guardados.
- Libertá-los tornou-se uma necessidade, eu sei.
- Pois foi. Não conseguia aguentá-los... E o que seria de nós se tivessemos que carregar este peso para sempre? Peso que se acumula dia após dia, hora após hora, em todos os momentos da nossa vida.
- Em dada altura ficaríamos com problemas nas costas.
- Ora nem mais.
- E a alma também se entortava, pois seriam muitas as gavetas que ficariam cheias de sentimentos, memórias, emoções...
- Chegar a esse ponto deve ser terrível. Aposto que não há metal que resolva uma alma entortada.
- Há sempre o desabafo, uma mão e ombro amigos ou até um sorriso que servem como remédios espirituais.
- Uma certeza indubitável.

- Ainda hão-de inventar doutores da alma e medicamentos para os tormentos da mesma.
- Já há. Temos os psicológos e os psiquiatras e alguns medicamentos como os psicofármacos que actuam a esse nível.
- Mas resume-se tudo à biologia, ao esperado, ao previsto. Se pudesse, um dia revolucionaria isso.
- Não duvido. Eras a nossa promessa desse futuro turbulento.
- Que bom é sonhar. Desejar, querer, desde que não em demasia, não compulsiva e obsessivamente. Sonhar, faz-nos ir mais além, quebrar as barreiras da realidade, do visível, ansiar por contextos diferentes. Sabes, este também pode ser um bom método para endireitar a alma.
- O quanto a endireito então...
Sorrimos.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Conversas inventadas... I

- Olá.
Um abraço, um toque, um reviver do passado.
- Diz-me, por favor, sabes o que virá?
- O que virá é incógnita. Segredo a sete-chaves nas mãos do Criador.
- Mas será bom?
- E o mau também não se pode tornar bom?
- Mas será difícil?
- Que seria da vida sem um pouco de dificuldade?
- Tens razão.
- A vida é sopa de momentos variados. Composta um pouco por tudo. Inesperados e esperados. Absolutamente imprevisível a longo prazo.
- Maldito futuro que nos reserva mistérios.
- Mistérios esses que se não fossem surpresas seriam incompletamente vividos e saboreados.
- As surpresas assustam-me. Não as temo, não as rejeito, mas abalam-me porque não me permitem saber como reagir.
- Ora aí está. Não penses, não planeies, apenas age com consciência, a consciência que possuis e que te tem guiado.
- Vou tentar. Mas não é fácil.
- E quem disse que o que não é fácil tem menos sabor?

quinta-feira, 3 de fevereiro de 2011

Revolução

A revolução de Jasmim floresceu, expandiu-se, qual flor que se sujeita à polinização e ao sabor do vento. Alastrou-se para o Egipto, a Siria, a Birmânia.
Outros tantos países assumem os contornos desse descontentamento, planeando acções semelhantes. No jornal estas palavras são repetidas, ouvidas e lidas vezes sem conta. Chegou a um ponto que o mundo se saturou e um pouco por toda a parte se tomam estas manifestações como exemplos.

Porque é que o povo português também não retira daqui as lições que deveria retirar e não se impõe perante os egoístas que governam esta nação? Mistério pouco difícil de desvendar. Como já dizia uma jovem bastante culta que seguia no mesmo transporte que eu, nós somos pacíficos, e isso tem as suas vantagens, sem dúvida, mas eles aumentam os impostos e nós nada, cortam no abono e nas majorações, sim porque os filhos deixam de ter doenças e as mães necessidades, e nós nada, retiram nos salários e nada... Vá que os professores ainda tomaram uma atitude, mas se fosse o país inteiro a mobilizar-se isso teria repercussões. Nem na greve geral no ano anterior houve uma grande adesão.
Isto porque eles cortam, eles ameaçam retirar umas dezenas se se faltar por um dia, vêm com estatísticas do desemprego a rondar os 11% (pouco falta para isso) e anunciam o quão difícil é arranjar emprego actualmente e o medo vem ao de cimo.
O povo torna-se refém dos ganaciosos, dos que enriquecem com isto tudo, porque ai Jesus se se cortar nos salários deles ou se se quiser diminuir no número de deputados. Vamos mas é impôr mais taxas, fazer com que se pague as scuts e obrigar os condutores a ter um estúpido aparelho onde o dinheiro tem um prazo de validade e se sume entre cá e lá.
Os lá de baixo que paguem mais pelos produtos básicos de uma alimentação equilibrada, sim, porque se quiserem recorrer ao serviço de saúde até gastam mais e isso é bom para nós, nós que cortamos nas despesas da saúde e colocamos atestados de 90 cêntimos a 50 euros. A nossa gente é rija, com toda aquela salitra do mar que navegou em tempos, por isso aguentam. E já agora também não precisam que 8 centros de saúde em Bragança estejam abertos no período da noite porque ninguém adoece a essas horas. Está tudo na caminha, obviamente.
E nós cá ficamos.
Os que jogam sujo, corrompem o sistema e ainda gozam com os demais, porque ficam com os subsidios e alapam as regiões traseiras nos belos dos sofás, conseguem fazer a sua vidinha. Mas quem trabalha e é honesto que se lixe...
Isto dá mesmo vontade de irromper por outras vias. Ainda por cima com o tempo que a justiça demora a actuar, se fossemos apanhados nessas acções ilegais, o crime prescreveria antes de ir a julgamento.
No entanto, alerto que isto não é um incentivo à ilegalidade, mas sim uma vontade maior deque algo cambie. Pois o nosso país é um lugar bom para se viver, face ao que sucede no restante mundo, e ninguém o nega , mas descobertas as facetas e os casos daqueles o "comandam" e daqueles que não são dignos de habitar por cá, o cenário perde os seus tons de arco-íris para se resumir a uma ou duas gamas de cor.

sexta-feira, 28 de janeiro de 2011

Um visão diferente

Eis que no meio do estudo, lendo uma das "bíblias" da saúde materna, a minha visão do mundo e do quotidiano muda completamente... como eu jamais imaginaria.

*aceleração: Não, não é o aumento de velocidade de um veículo.
Mas sim: aumento da frequência cardíaca fetal (FCF); interpretada, geralmente, como um sinal satisfatório;
Pelo contrário, na vida real, para nós meros leigos, não é visto de muito bom modo, até porque existem as ditas multas para quem o faz.

*apagamento: Não é o acto de apagar, nem de não pagar, nem de desmaiar.
Mas sim: encurtamento e adelgaçamento ou extinção do colo, que ocorre durante o final da gravidez, trabalho de parto ou ambos;

*apresentação: Não é aquilo que se teme na escola, as ditas avaliações orais ou até o acto de apresentar alguém a outrem.
Mas sim: parte do feto que entra no estreito pélvico em primeiro lugar; pode ser a cabeça, a face, a região pélvica ou a espádua;

*atitude: Não é um conjunto de comportamentos face a ideias, nem uma forma de agir corajosa, desafiadora ou rebele, como "Aquele miúdo tem atitude"
Mas sim: relação entre cada uma das partes do feto dentro do útero (...);

*coroamento: Lamento, mas não haverá reis por agora, já que nao está relacionado com o facto de algum pretendente ao trono ser coroado.
Mas sim: fase da descida do feto em que se pode ver o topo da cabeça através do orifício vaginal, conforme a parte mais larga do crânio (diâmetro biparietal) distende a vulva imediatamente antes do nascimento;

*envolvimento: Ter um caso? Envolver-se com alguém sentimentalmente, fisicamente ou ambos? Também não.
Mas sim: uma absorção, preocupação e interesse parental pelo bebé; termo especialmente utilizado para descrever o intenso fascínio do pai com o recém-nascido

*habituação: Por acaso este está ligeiramente relacionado, conquanto se afaste do facto de um indivíduo se habituar a algo (ambiente, espaço físico, ...)
Mas sim: fenómeno fisiológico e psicológico pelo qual está diminuída a resposta a um estímulo constante ou repetido;

*insinuação: Rumores? Acusações? "Estás a insinuar que eu fiz isto com aquele no momento x?" Não, não estou, porque o significado não é este.
Mas sim: sensação de diminuição da distensã abdominal provocada pela descida uterina para a cavidade pélvica quando a apresentação fetal se acomoda na bacia; (...);

*pica: Vulgar ida à pica, o tomar a vacina, levar uma injecção... que por ventura está relacionado com uma vertente desta bela área que abordo, embora continue não ser isso.
Mas sim: (perversões do apetite) Desejo alimentar invulgar durante a gravidez (p. ex. por detergente da roupa, terra, cal, barro)

* pirose: Não está relacionado com tedências da moda, nem com formas de vestir desadequadas ou mal vistas.
Mas sim: sensação de ardor no epigastro e região esternal provocada pela acidez gástrica;
Tradução: azia.

*situação: Acontecimento, instante que reúne diversos factores e factos que o caracterizam. Será? Não, nem nesta.
Mas sim: a relação do eixo longitudinal do feto com o eixo longitudinal da mãe (...).

(Lowdermilk, Perry. "Enfermagem na Maternidade". 7ª edição. Lusodidacta.)

terça-feira, 18 de janeiro de 2011

A outra face...


As mais belas descobertas ocorrem quando as mesmas coisas

são vistas com um novo olhar.



Se os tesouros preciosos das vivências se situam no verso de todo o negrume, porque é tão difícil enfrentar os infortúnios da vida com optimismo?

Talvez porque custa.

Talvez porque nos esquecemos desse lado, centrando a nossa limitada visão num foco, no que é observável.

Mas há mais, temos de estar certos de que há mais, caso contrário a esperança seria um vazio onde despojaríamos todas as nossas certezas e vontades e ela existe por um motivo: para nos consciencializar do outro lado dos contextos e situações e até de nós mesmos.

Há que crer na outra face... A que se esconde na penumbra, ressaltando aquando o bater da luz e o acalmar das águas, vindo sob a forma de bonança. Porque ela há-de estar lá algures, nem que perdida, nem que tremida e diminuída, como um ponto numa linha. É só uma questão de a procurar, nem que para isso seja necessário recorrer a uma lupa.

(é a batalha constante que se trava dia após dia)